Aprenda a cuidar dos bancos de tecido
Material exige tratamento diferente do couro, mas também precisa ser higienizado corretamente
Assim como os bancos de couro, os assentos revestidos com tecido têm formas específicas de limpeza. Por serem feitos com materiais mais simples, eles sujam mais facilmente – e as manchas e os encardidos, com o passar do tempo, tornam-se cada vez mais difíceis de serem removidos -, ficam empesteados de ácaros e bactérias que causam irritação ao sistema respiratório e não são visíveis ao olho nu, absorvem odores desagradáveis e também são mais suscetíveis a rasgos, queimaduras.
De acordo com Thiago Soares, proprietário da TM Hiper Limp, empresa especializada na limpeza de estofados automotivos e residenciais, localizada em Santo André, na Grande São Paulo, “a higienização de bancos de tecido, diferentemente do que muita gente acredita, é mais complicada do que a de bancos de couro”. No entanto, ele afirma que esse tipo de estofamento tem durabilidade maior.
O motivo de toda essa dificuldade, comenta o especialista, é porque a espuma absorve mais facilmente os odores presentes no veículo, deixando o estafado com cheiro ruim. Além disso, é necessário ter bastante cuidado no manejo da água, pois, em excesso, ela pode estragar o tecido completamente.
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Na TM Hiper Limp, o preço cobrado para o processo de remoção total da sujeira interna varia de R$ 120 a R$ 300. A diferença de preços é resultado dos métodos adotados – alguns incluem lavagem “semi seca” e até a impermeabilização do estofado.
Limpeza caseira
Quem tem carro, geralmente sabe como lavá-lo. Só que, no caso da higienização interna, ela levanta mais dúvidas do que certezas, principalmente em relação às técnicas e aos produtos que podem ser utilizados no processo, a fim de evitar danos.
Fernando Marques, universitário paulistano de 24 anos, conta que já indicaram que ele lavasse os assentos de seu automóvel com produtos de limpeza doméstica. “Tinha uma mancha no banco do meu carro que não saia de jeito nenhum, acho que era de comida, e um amigo meu falou para eu passar água sanitária”, lembra.
Se tivesse seguido o conselho, além de provavelmente ter piorado a mancha, Marques poderia causar estragos irreversíveis ao tecido. “Antes de fazer pesquisei na internet, e aí descobri que isso era totalmente não recomendável. Acabei levando em uma empresa especializada e lá conseguiram tirar a marca”, diz.
Em casa, para limpar corretamente os estofados do veículo, o proprietário da TM Hiper Limp sugere o uso de um aspirador. “Aspirando a sujeira que fica acumulada, como farelos de comida e o próprio pó, já ajudará a mantê-los limpos”, afirma.
Quem quiser incrementar ainda mais as técnicas de lavagem, e sem precisar levar o automóvel à lugares especializados no serviço, também pode utilizar uma espoja levemente umedecida com uma solução de amaciante misturado com água. Segundo Soares, a ação elimina odores e restaura o brilho e a maciez do tecido.
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Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.