O futuro da Renault ainda é incerto na Rússia. De acordo com o governo local, as decisões sobre as operações da montadora francesa serão decididas até o fim dessa semana. Entenda os detalhes.
Futuro da Renault na Rússia ainda é incerto: governo deverá decidir sobre futuro da marca no país no final de semana
Na última segunda-feira, 21 de março, a Renault havia retomado as operações em sua fábrica na Rússia. No entanto, após a repercussão negativa da decisão da empresa francesa, a montadora decidiu suspender novamente as atividades locais. Por lá, modelos como Renault Arkana, Duster e Kaptur, são produzidos.
Em comunicado oficial, a Renault afirmou o seguinte:
VEJA TAMBÉM
“O Conselho de Administração do Renault Group se reuniu na data de hoje [23 de março], tendo deliberado sobre a seguinte pauta:
- As operações da fábrica da Renault de Moscou estão suspensas a partir de hoje.
- O Grupo está avaliando possíveis opções em relação à sua participação na empresa AVTOVAZ, ao mesmo tempo em que age de forma responsável em relação aos seus 45.000 funcionários na Rússia.
O Renault Group lembra que já está implementando as medidas necessárias para respeitar as sanções internacionais.”
No entanto, em contrapartida, o governo local se pronunciou em relação ao futuro da montadora francesa no país. Sobre esse tema, o governo russo também já afirmou que pretende nacionalizar as operações industriais do setor automotivo que não estejam produzindo.
“O Ministério da Indústria e Comércio discutirá as perspectivas de desenvolver a fábrica da Renault Rússia com o governo de Moscou”. Afirmou o governo.
O mesmo completou dizendo que “As soluções conjuntas serão anunciadas até o final da próxima semana. O Ministério da Indústria e Comércio está em contato constante com a administração da Avtovaz e do Grupo Renault.”
Ainda sobre esse tema, é importante destacar que além de sua fábrica, a Renault é detentora de mais de 67% das ações da marca automotiva russa AvtoVaz.
O que mudou desde o início da guerra entre os países do leste europeu
É importante lembrar que, desde o início do conflito entre os países do leste europeu, a Rússia tem enfrentado constantes sanções de empresas de outros locais. No setor automotivo, diversas montadoras paralisaram as produções desde o início da guerra.
Uma das empresas automotivas que cortou relações com o país foi a GM. Por lá, a montadora norte-americana não tem produção local, e vende em média, cerca de 3 mil veículos por ano.
Através de comunicado a marca informou que “A GM está comprometida em cumprir as leis e regulamentos dos mercados nos quais fazemos negócios, incluindo sanções econômicas aplicáveis dos EUA e leis e regulamentos de controle de exportação.”
Com informações: CNN Brasil e Carscoops
