Revisão do carro nas férias: filtros e palhetas merecem atenção especial
Fazer a revisão do carro antes de sair de viagem é uma recomendação feita por dez entre dez especialistas em automóveis. Veja detalhes!
Fazer a revisão do carro antes de sair de viagem é uma recomendação feita por dez entre dez especialistas em automóveis. Em julho, mês de férias, o cuidado deve estar na pauta dos milhares de brasileiros que planejam pegar a estrada com a família.
Quase todo motorista com alguma experiência tem em mente a preocupação com os pneus, com o balanceamento de rodas e o alinhamento de direção e com o nível do óleo lubrificante e do fluido de arrefecimento do motor. No entanto, existem outros itens simples que muitas vezes deixam de ser checados por quem vai pegar a estrada.
Funções dos filtros e das palhetas estão relacionadas à segurança
Plinio Fazol, gerente de Marketing e de Novos Produtos da Tecfil – um dos principais fabricantes de filtros automotivos da América Latina – chama a atenção para a troca dos filtros de ar do motor, de óleo, combustível e de cabine, que “possuem função vital para o bom funcionamento do veículo e a segurança dos passageiros”.
O especialista também alerta para as eventuais chuvas que podem cair durante o percurso, que igualmente demandam atenção: as palhetas do limpador do parabrisa devem estar funcionando perfeitamente para evitar riscos de acidentes.
“Se as borrachas das palhetas permanecem muito tempo sem uso ou expostas ao sol e à poeira, elas acabam se ressecando e, consequentemente, embaçam os vidros, além de atrapalhar na visibilidade e gerar ruído”, explica Fazol. “Por isso, devem ser substituídas para evitar danos aos vidros e garantir a segurança do motorista e dos passageiros”, afirma.
A vida útil de uma palheta é de cerca de um ano, portanto, recomenda-se a sua troca uma vez ao ano. O item deve ser substituído sempre que apresentar sinais de desgaste.
Filtros automotivos precisam ser trocados com frequência na revisão do carro para as ferias!
Sobre os filtros automotivos, Fazol explica que os itens funcionam como uma barreira contra as impurezas e podem influenciar diretamente o funcionamento do veículo, evitando diversos problemas mecânicos.
Confira, a seguir, a função e a vida útil de cada um.
1- Filtro de óleo
Age eliminando as impurezas resultantes da fricção das peças móveis do motor e da combustão. Por isso, avaliar o sistema de lubrificação é fundamental numa revisão automotiva. O especialista recomenda que a troca deste filtro seja feita sempre juntamente com a troca do óleo do motor.
2- Filtro de ar
Tem a função de impedir a entrada e a circulação de poeira abrasiva no interior do motor, que pode provocar seu mau desempenho e o aumento do consumo de combustível. Quando o filtro já está saturado e perde sua capacidade filtrante, os danos ao veículo podem ser custosos.
Existem alguns sinais que o próprio veículo dá quando o filtro não se encontra em bom estado. Os principais sintomas são: consumo excessivo de combustível, aquecimento do motor, perda de potência e aumento de gases poluentes pelo escapamento.
Fazol ressalta que o filtro de ar também é um item de segurança para o veículo, e que a prática de postergar a sua troca pode trazer complicações para o motor. “Não se deve, em hipótese alguma, tentar limpar o filtro com jatos de ar comprimido e reutilizá-lo. A força do jato de ar pode romper as fibras da mídia de filtração e agravar as consequências. O ideal é sempre substituí-lo por um novo”, orienta.
3- Filtro de combustível
O prazo para a troca desse item é indicado pelo fabricante do veículo no manual do proprietário. Sua principal função é impedir que as impurezas do combustível e do tanque cheguem ao sistema de injeção. “A dificuldade para arrancar ou na hora de acelerar é sinal de que o filtro está sujo ou entupido”, observa Fazol.
4- Filtro de cabine
Responsáveil por filtrar o ar que vem do sistema de ar-condicionado, costuma estar localizado atrás do porta-luvas, mas, também, podem estar sob o painel. Seu trabalho é impedir que resíduos, poeira, pólen, mofo e até mesmo pequenos pedaços de folhas cheguem ao sistema de ar-condicionado e, consequentemente, à cabine do veículo, evitando que sejam inalados pelos passageiros e motorista.
“Com os dutos impregnados por sujeiras e bactérias, o ambiente interno do veículo é contaminado, e os ocupantes passam a respirar um ar muito poluído”, afirma Fazol. “Além disso, o ar-condicionado pode acabar forçando o trabalho do compressor de ar, gerando também aumento no consumo de combustível”, explica o especialista.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.