Responsável pelos “airbags mortais” pode ter outro problema de segurança

“Airbags mortais”: a mesma empresa, Takata, pode ter falsificado especificações de cintos de segurança. Saiba mais sobre o caso!

A Takata, empresa japonesa produtora de acessórios automotivos, parece ter se envolvido em mais um escândalo, depois do caso ocorrido com os “airbags mortais”, em 2017. Agora, testes realizados nos cintos de segurança da fabricante indicariam falsificação. Saiba mais!

 

Empresa pode ter falsificado especificações de cintos de segurança

A fabricante de componentes de segurança automotiva, a norte-americana Joyson Safety Systems (JSS) anunciou nesta segunda-feira (21/06) que realizou testes nos cintos de segurança da Takata. E, como resultado acredita-e que em cerca de mil casos, os acessórios de segurança foram falsificados pela empresa japonesa.

A JSS adquiriu duas fábricas da Takata, após o episódio de 2017. Assim, em outubro de 2020, a norte-americana começou uma investigação nestas unidades.

E os resultados com os cintos de segurança teriam mostrado que os acessórios não correspondiam, realmente, às exigências.

Inclusive, a agência Reuters noticiou que a JSS apresentou um relatório sobre a investigação ao Ministério de Transportes do Japão. A Takata, ao que tudo indica, teria falsificado as especificações dos cintos de segurança.

Por outro lado, a JSS nega ter encontrado problemas nos cintos de segurança em questão. Portanto, não há previsão de recall.

Fábrica Takata. (Foto: revista Exame)

No entanto, acredita-se que mais de 9 milhões de cintos de segurança podem ter estado envolvidos nos resultados adulterados.

A JSS, por sua vez, declarou que, a fim de evitar problemas de falsificação, implantou um novo código de conduta na fábrica. Além disso, um sistema eletrônico em março.

Os “airbags mortais”

A Takata abriu concordata em 2017. O caso foi um dos maiores recall de todos os tempos.

Na ocasião, airbags defeituosos e com propensão para explodir, ao invés de encher, fizeram 11 mortos e 180 feridos, apenas nos EUA.

Mas, no total, acredita-se que tenham sido mais de 24 mortos em razão dos “airbags mortais”. Além disso, uma parte do airbag, naquele ano, chegou a explodir próximo a uma residência, matando uma mulher.

Relembre o escândalo “airbags mortais”

“Airbags mortais”. (Foto: Terra)

Escrito por

Erica Franco

Jornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.

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