Renault: Subsídios para carros elétricos são necessários “por alguns anos”
Renault: subsídios são vitais para o mercado de carros elétricos. Saiba por que a montadora vê os incentivos como chave para o futuro da mobilidade verde
A Renault encerrou o primeiro semestre de 2025 com resultados promissores nas vendas de veículos eletrificados, mas o chefe global de vendas da montadora, Ivan Segal, ressalta que os subsídios governamentais ainda são cruciais para impulsionar a demanda por carros elétricos “por alguns anos”. A declaração foi feita em meio à recente introdução de subsídios no Reino Unido, medida bem recebida pela fabricante francesa.
Renault: Subsídios para carros elétricos são necessários “por alguns anos”
Apesar de uma queda de 1% no mercado geral europeu, a Renault registrou um aumento de 8,4% nas vendas de veículos de passeio na região, totalizando 394.278 unidades. Esse crescimento foi impulsionado, em grande parte, pelo sucesso de suas linhas de veículos elétricos e híbridos.
As vendas de veículos elétricos, em particular, dispararam 57% em comparação com o primeiro semestre de 2024, atingindo 63.800 unidades e representando 16% do total de vendas da empresa.
O Renault 5 se destacou como o principal motor dessas vendas, beneficiando-se da relativa falta de concorrência no segmento de pequenos veículos elétricos (segmento B). Segal enfatizou que o sucesso do R5, juntamente com a forte demanda inicial pelo Renault 4, demonstra que “há uma oportunidade em termos de demanda para o segmento de veículos elétricos a bateria”.
Ele acrescentou: “As pessoas querem esse tipo de carro e optam por um R5, independentemente do tipo de energia que ele consome, porque o carro é muito desejado.”
O Desafio da Transição e o Papel dos Incentivos
Apesar do otimismo em relação à demanda, Segal reconheceu que o crescimento do mercado europeu de veículos elétricos “não estava na velocidade esperada” para permitir que montadoras como a Renault atinjam as ambiciosas metas de emissões estabelecidas pela União Europeia e pelos governos nacionais.
“A velocidade [de crescimento dos veículos elétricos] é suficiente para o futuro? Este é um tópico importante”, ponderou.
Ele expressou preocupação com a recente tendência na Europa de redução ou interrupção dos programas de incentivo. “Nos últimos anos, vimos na Europa uma maior inclinação para ver os programas de incentivo dos governos nacionais diminuírem ou pararem, em vez de voltarem a funcionar”, observou.
Por isso, a notícia dos subsídios no Reino Unido foi recebida com satisfação. “Estamos felizes em ver o que foi anunciado no Reino Unido com o subsídio para veículos elétricos – ainda estamos em discussão com o governo para entender os detalhes hoje”, afirmou Segal.
A mensagem da Renault é clara: como fabricante de equipamentos originais (OEM), a empresa acredita que os incentivos ainda são indispensáveis.
“Globalmente, acreditamos, como fabricante de equipamentos originais (OEM), que ainda precisamos de incentivos por alguns anos para impulsionar a demanda, para garantir que, para os clientes, o custo total de propriedade de um veículo elétrico tenha algum valor agregado em relação a um carro a combustão, e os incentivos podem ser muito úteis para isso”, concluiu Segal.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.