Renault paralisa produção no Paraná por falta de chips

A montadora francesa Renault paralisará a produção de automóveis em sua fábrica no Paraná por falta de semicondutores, veja.

Mesmo com a retomada da produção gradativa, o problema de escassez automotiva ainda abala as montadoras, entre elas, a Renault. A marca paralisará a produção em sua fábrica no Paraná na próxima semana. Veja mais informações.

Renault paralisa a produção de carros na próxima semana (Foto: Divulgação)

Crise de semicondutores: Renault interrompe produção no Paraná na próxima semana

A Renault paralisará a produção de sua fábrica no Paraná na próxima semana, entre os dias 04 e 08 de abril. O retorno das atividades está programado para acontecer no próximo dia 11. A informação é da Autodata.

O motivo é a falta de componentes automotivos, um problema que atinge as montadoras ao redor do mundo desde o início da pandemia do Corona Vírus.

A paralisação acontecerá nas quatro fábricas do complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, interior do estado paranaense.

A decisão de interromper as atividades no polo fabril vai de encontro com a necessidade de adequar a produção aos lotes de produtos.

Além dos semicondutores que estão em escassez desde o início da pandemia, a falta de outros itens também afetaram a linha de produção da marca, como a suspensão de componentes elétricos vindos da Ucrânia e o níquel russo.

Nesse caso, a dificuldade de compra desses materiais se deve ao início da guerra entre os dois países do leste europeu, que também foi responsável por elevar o preço do barril do petróleo.

É válido lembrar que as questões de dificuldade em aquisição de insumos não se restringe à Renault. Pelo contrário, é um problema que afeta diretamente todas as montadoras ao redor do globo.

Essas, também têm pensado em táticas para que as condições atuais não afetem a produção de veículos, como a Volkswagen, que também diminuiu o ritmo de produção do Vale do Paraíba e em sua fábrica no ABC paulista.

Falta de componentes é o responsável pela paralisação (foto: Divulgação)

A influência da Renault no Paraná

Atualmente, a montadora francesa é responsável por empregar cerca de seis mil colaboradores em seu polo industrial.

Desses, 4,5 trabalhadores se dedicam na produção de carros como o subcompacto Kwid, o hatch Sandero, o SUV compacto Duster, além do Logan, Captur e a picape Oroch. Sobre ela, a marca já anunciou que a atualização da linha acontecerá em breve.

Além dos carros, por lá, também são produzidos blocos e cabeçotes. Além disso, é válido lembrar que lá também será a casa de um novo produto da marca, um SUV com motor 1.0 litros turbo.

O Complexo Ayrton Senna: quatro fábricas em um só lugar

O Complexo Ayrton Senna está localizado em um espaço de 2,5 milhões de m², sendo que 60% dessa área são de mata preservada, onde habitam mais de 110 espécies de aves e 28 mamíferos.

Todas as fábricas são certificadas com a ISO 14.001 de Meio-Ambiente e, desde dezembro de 2015, com a ISO 26000 referente à responsabilidade social.

No espaço também fica o Renault Tecnologia Américas (RTA), que conta com cerca de mil engenheiros. Instalado em 2007, este centro de tecnologia tem o objetivo de desenvolver produtos voltados às necessidades e ao perfil do consumidor latino-americano.

A marca emprega mais de seis mil funcionários (Foto: Divulgação)

 

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

wpDiscuz
Sair da versão mobile