Renault Group anuncia marca focada em combustão de baixa emissão
O Renault Group lançou uma marca que irá desenvolver, produzir e fornecer uma nova geração de motores à combustão de baixa emissão.
O Renault Group lançou, em 1º de julho, a Horse, marca que está herdando o know-how e os ativos industriais do grupo para desenvolver, produzir e fornecer a nova geração de motorizações híbridas e à combustão de baixa emissão. A novidade promete mexer com o mercado automotivo global.
Marca do Renault Group fornecerá motores de baixa emissão para montadoras diversas
Horse terá a missão de fornecer motores de baixa emissão (Foto: Divulgação/Renault Group)
A nova empresa tem sede em Madri, capital da Espanha, empregando 9 mil colaboradores do Renault Group, que trabalham em oito unidades de produção, com capacidade somada de 3,2 milhões de unidades por ano.
A empresa também vai operar três centros de Pesquisa & Desenvolvimento, com presença global em sete países, inclindo o Brasil – além de Argentina, Chile, Espanha, Portugal, Romênia e Turquia.
A Horse será um fornecedor global independente de soluções em sistemas de motores, desenvolvendo tecnologias de baixas emissões e descarbonizadas.
A nova empresa deve fornecer produtos para seus clientes industriais atuais, incluindo as montadoras Renault, Dacia, Nissan e Mitsubishi, todas pertencentes ao Renault Group.
No futuro, a Horse também irá oferecer uma gama completa de tecnologias para outras montadoras, cobrindo todos os componentes – motores, transmissões, sistemas de hibridação (xHEV) e baterias.
Os motores Horse eventualmente também estarão prontos para integrar todos os tipos de sistemas existentes ou alternativos e futuros – combustíveis sintéticos, hidrogênio, GLP, GNV, etanol etc.
“Em 2040, os veículos equipados com motores a combustão e híbridos ainda vão representar mais de 50% das vendas mundiais. A Horse vai liderar esse mercado, com sua expertise tecnológica e soluções de baixas emissões posicionadas no topo de seus segmentos.
É uma experiência única e motivo de grande orgulho para todos nós poder contribuir para a criação de uma empresa de tamanha dimensão”, afirma Patrice Haettel, CEO da Horse.
Joint-venture pretende ser líder mundial em motorizações de baixas emissões
Joint venture mira a liderança no fornecimento de motores de baixa emissão (Foto: Divulgação/Renault Group)
A Geely e o Renault Group vão criar nas próximas semanas uma nova organização por meio da combinação de suas subsidiárias especializadas no desenvolvimento e produção de motorizações (principalmente a Aurobay e a Horse).
Depois de assinar uma carta de intenções, no dia 2 de março, a Aramco (empresa petrolífera saudita) manifestou sua intenção de se tornar parte desta nova empresa de tecnologia de motorizações.
Combustíveis sintéticos e hidrogênio são o foco
O investimento da Aramco deve apoiar o crescimento da empresa e contribuir para as atividades-chave de pesquisa e desenvolvimento em torno de soluções de combustíveis sintéticos e a nova geração de tecnologias a hidrogênio.
A nova joint-venture terá condições de fornecer motores para outras montadoras, com a ambição de incluir novos parceiros e acionistas interessados em participar de seu trabalho em torno das motorizações de baixas emissões.
Graças a esse projeto, o portfólio combinado dos produtos da Geely e do Renault Group e a presença geográfica da nova empresa vão permitir que ela ofereça, segundo estimativas do grupo, soluções para 80% do mercado de motores de combustão interna (ICE).
5 milhões de motores produzidos
Juntas, as instalações industriais da Horse, Geely e Aurobay terão capacidade para produzir mais de 5 milhões de motores e sistemas de transmissão anualmente.
A nova empresa terá um faturamento superior a 15 bilhões de euros (R$ 79 bilhões) e vai empregar 19 mil colaboradores (dos quais 9 mil na Horse), atuando em 22 unidades espalhadas pelo mundo, tanto da Geely como do Renault Group.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
