Renault e outras montadoras suspendem operações na Rússia devido ao conflito

A montadora Renault suspendeu as operações em sua fábrica na capital da Rússia, Moscou, até o dia 5 de março, em princípio, por conta de “gargalos logísticos” causados pelos conflitos armados  entre aquele país e a vizinha Ucrânia. 

Preços dos carros
Foto: Divulgação/Renault Group

Montadoras suspendem operações na Rússia: devido conflito com Ucrânia Renault e outras empresas aderem às sanções do país governado por Putin

De acordo com relatório do Citibank, a empresa francesa tira mais de 8% de seu lucro do mercado local, além de controlar a Avtovaz, principal montadora da Rússia. As informações foram distribuídas pela agência Reuters.

Também segundo a Reuters, a alemã Daimler Trucks anunciara, na última segunda-feira (28), congelamento das atividades no país imediatamente, incluindo a parceria que tinha com a Kamaz, uma montadora local.

“Nossa cooperação com a Kamaz é de natureza puramente civil e só foi concluída com esse foco. Nessa cooperação, não é preciso dizer que sempre cumprimos rigorosamente todas as regulamentações de controle e sanções de exportação aplicáveis”, afirmou a empresa em comunicado.

Ilustrativa / Nova Mercedes-Benz Classe C (Foto: Divulgação/Mercedes-Benz)

Mercedes-Benz ainda análise sanção à Rússia

A também alemã Mercedes-Benz disse que está analisando como poderá fazer a alienação de 15% de participação na Kamaz “o mais rápido possível”, segundo informações publicadas pelo jornal Handelsblatt.

Volvo Car

A montadora sueca Volvo, por sua vez, anunciou na segunda-feira (28 de fevereiro) que deixará de vender carros na Rússia por conta das sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia.

Volvo / Divulgação

Harley Davidson

A fabricante de motocicletas Harley Davidson também anunciou que seus negócios na Rússia estão paralisados.

Lançamento de motos 2022
Ilustrativa / Harley-Davidson Freewheeler (Foto: Divulgação/Harley-Davidson)

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Montadoras suspendem operações na Rússia: GM foi a primeira a aderir ao boicote

A General Motors já havia anunciado, na sexta-feira (25), que estava interrompendo todas as exportações para a Rússia. Mas no caso da GM, o motivo explícito foi a adesão ao boicote do governo dos EUA contra o país europeu.

A atitude, no entanto, não trará maiores consequências econômicas para a montadora com sede em Detroit. A GM vende, anualmente, apenas 3.000 veículos por ano naquele país, por intermédio de uma rede de 16 revendedores locais.

Diferentemente de outros concorrentes, a GM não tem fábricas na Rússia. A maior parte dos veículos que vende naquele país é importada de fábricas dos EUA, enquanto uma pequena porção é exportada por unidades industriais localizadas na Coreia do Sul.

A GM opera uma empresa de vendas para a Rússia e outras ex-repúblicas soviéticas. A montadora diz que está interrompendo as exportações para a Rússia “até novo aviso”.

GM dobra a produção do Onix e Tracker
Ilustrativa – Fábrica GM (Ilustativa)

Paulo Silveira Lima
Paulo Silveira LimaJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
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