Redução do IPI não deve reduzir o preço das motos; saiba por que

Em fevereiro, o governo decretou a redução do IPI. No entanto, uma boa parte das motos vendidas por aqui não foram contempladas. Saiba mais!

Em fevereiro, o governo decretou a redução do IPI. A diminuição atingiu diversos produtos. Os automóveis estão entre eles. No entanto, uma boa parte das motos vendidas por aqui não foram contempladas. No caso, estamos falando dos modelos fabricados no Amazonas. Já alguns modelos importados já estão mais baratos.

As motos não ficarão mais baratas após a redução do IPI (Foto: Alexey Malakhov/Unsplash.com)

Os preços das motos cairão após a redução do IPI? Saiba mais!

O Decreto nº 10.979 foi assinado no dia 25 de fevereiro. De acordo com ele, a redução do imposto para alguns produtos (como eletrodomésticos) foi de 25%. Enquanto isso, a porcentagem para automóveis foi de 18,5%. Vale ressaltar que esta redução é sobre as alíquotas. Você pode conferir mais detalhe nesta matéria do Garagem360.

Foto: Divulgação/Yamaha

Mas como ficam as motos? Esta é uma categoria bastante importante aqui no Brasil. Ao contrário do que aconteceu com os carros, a expectativa é que muitos modelos disponíveis no mercado nacional não fiquem mais baratos. Isso porque uma boa parte das motos vendidas em nosso mercado estão sendo produzidas no Polo Industrial de Manaus.

Ele fica na região Norte do Brasil. Dois bons exemplos de empresas que fabricam motocicletas na região é a Honda e a Yamaha. Neste caso,  o Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) não precisa ser pago pelos produtos fabricados por lá. Agora, a redução do IPI pode ser válida para aquelas motocicletas que são importadas de outros países.

Estas possuem uma alíquota de 35%. Com a queda de 25%, o valor do imposto cairá para 26,25%. Segundo o UOL Carros, uma fabricante que já anunciou novos preços depois da redução do IPI foi a Honda. O modelo CBR 1000RR-R SP, por exemplo, está custando agora R$ 149.911. Já o modelo Adventure Sports DCT passou a custar R$ 94.853.

Foto: Divulgação/Honda

O site ainda informa que outras empresas que importam motocicletas para o Brasil só devem fazer mudanças nos preços quando os próximos lotes de motos chegarem em terras brasileiras.

Além disso, as reduções podem chegar apenas para que os preços dos modelos não aumentem, visto que houve um aumento do frete durante a pandemia. E isso afetou o processo de importação.

Mercado de motos

Honda CG 160 (Foto: Divulgação/Honda)

O mercado de motos fechou o mês de fevereiro em baixa. De acordo com dados da FENABRAVE, foram comercializadas 74.065 unidades até o fim do último mês. Isso significa uma queda de 17,41% com relação ao mês anterior. Neste mês, foram comercializadas 89.682 unidades.

Porém foi registrado um crescimento de 28,98% com relação às 57.423 unidades vendidas em de fevereiro de 2020. Contando as vendas de janeiro e fevereiro, foram registrados 163.474 emplacamentos. Um crescimento de 14,30% com relação ao número de unidades acumuladas no mesmo período do ano passado.

Dentre as marcas, quem liderou foi a Honda. Ela teve 54.563 unidades vendias. Logo atras dela veio a Yamaha, que teve 13.810 unidades comercializadas. Shineray, BMW e Kawasaki fecham o top 5. Agora, contando apenas os modelos, o destaque foi para a Honda CG 160.

Este moto da categoria Street teve 18.967 unidades comercializadas no mês. Ela foi a mais vendida de sua categoria e liderou o ranking geral. O mesmo aconteceu com a popular Honda Biz. Esta CUB teve 9.383 unidades comercializadas no mês passado.

Com informações de UOL Carros

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.

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