Os motoristas que viajam com carros elétricos costumam parar em eletropostos para recarregar as baterias. Mas já pensou se fosse possível recarregar carros elétricos em movimento? Esta é a proposta da Arena do Futuro. A pista foi anunciada pela Stellantis no mês passado. Para atingir o objetivo, foi usada uma tecnologia chamada DWPT.
Tudo sobre a Arena do Futuro, que pode recarregar carros elétricos em movimento
Este circuito foi apresentado na cidade de Chiari, localizada na Itália. Estamos falando de uma tecnologia que pode vir a ser bastante útil. O mercado de carros 100% elétricos vem crescendo em várias partes do mundo. Esta solução foi mostrada pelo grupo Stellantis, que tem como integrantes a Fiat, a Jeep e outras marcas, no último mês de junho.
Chamada de Arena of the Future (ou Arena do Futuro), a pista foi construída pela A35 Brebemi em colaboração com a Stellantis. A grande novidade dela é que ela traz uma tecnologia que permite recarregar carros elétricos em movimento sem a necessidade de fios (por indução).
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Tudo isso é possível graças a tecnologia Dynamic Wireless Power Transfer (DWPT). De acordo com a Stellantis, o DWPT é um sistema de bobinas localizadas sob o asfalto. Este sistema faz a transferência de energia diretamente veículos elétricos. Ou seja, elimina a necessidade de paradas em estações de carregamento.
Os interessados em contar com a tecnologia podem fazer a instalação de um receptor especial em seus veículos. No caso, o a energia da tecnologia será mandada diretamente para o motor elétrico do carro.
Com isso, o carro pode ter a autonomia aumentada e a carga da bateria será conservada. É importante ressaltar que esta “Arena do Futuro” usa corrente continua (DC) para se alimentar, que possui diversas vantagens importantes.
A DWPT é considerada “uma das tecnologias destinadas a simplificar a abordagem do cliente em relação à mobilidade elétrica e, por fim, a responder de uma forma tangível aos requisitos para a descarbonização e a sustentabilidade ambiental no setor da mobilidade”.
Testes com um 500e
Foi usado para os testes do sistema um Fiat 500 elétrico (500e). A Stellantis explica que um carro assim pode realizar viagens a velocidades típicas de estradas sem usar a energia da bateria. Além disso, a eficiência do fluxo de energia do asfalto para o carro pode ser comparada com a eficiência dos postos de carregamento rápido.
A empresa ainda diz que testes da intensidade do campo magnético mostram que não existe uma impacto sobre o motorista e passageiros.
Para mostrar a iminente participação da Maserati no projeto, foi usado um Grecale Folgore preparado para recolher dados e transmitir uma “análise de desempenho pormenorizada”. Lembrando que a empresa irá eletrificar toda a sua linha até 2025.
Anne-Lise Richard, Head da e-Mobility Business Unit global da Stellantis, disse em comunicado que “Trabalhando com este incrível grupo de parceiros, provamos que a tecnologia de carregamento por indução consegue alimentar o nosso futuro eletrificado.
Estes projetos conjuntos são passos entusiasmantes no trabalho para alcançar um tempo de vida útil mais longo para as baterias, menos ansiedade com a autonomia do veículo, maior eficiência energética, baterias de menores dimensões, desempenho notável e peso e custo mais baixos.”.
O grupo Stellantis ainda fala da importância de tecnologias, como o 5G, a Internet das Coisas (IoT) e as soluções de aplicação baseadas em IA no projeto.
Lembrando que esta tecnologia, que permite recarregar carros elétricos em movimento, entrou para a lista das invenções mais importantes de 2021 da revista Time. Além disso, o sistema vem atraindo um interesse global para desenvolvimento comercial.
