Recall da Subaru convoca mais de 2.600 carros por conta dos airbags mortais da Takata
Um recall da Subaru foi anunciado nesta semana. A convocação envolve os modelos Legacy, Outback, Impreza, WRX, STI e Forester, fabricados entre 2004 e 2014.
Um recall da Subaru foi anunciado nesta semana. A convocação envolve os modelos Legacy, Outback, Impreza, WRX, STI e Forester, fabricados entre 2004 e 2014. Todos precisam passar por uma verificação nos airbags, já que os modelos podem estar equipados com os airbags mortais da Takata. Ao todo são 2.658 veículos convocados.
Recall da Subaru: airbags mortais
Um defeito no insulflador do dispositivo causa uma explosão quando o equipamento é acionado. Isso faz com que diversas partes metálicas sejam jogadas contra os ocupantes, o que já resultou em cerca de 20 mortes pelo mundo, com quase 200 pessoas feridas.
No caso dos veículos da Subaru, os modelos podem estar com bolsas infláveis defeituosas no lado do passageiro dianteiro. Abaixo, confira quais são os carros convocados.
Subaru Legacy
- ano/modelo: 2005 a 2014
- data de fabricação: de 2/9/04 a 21/11/13
- números de chassis (não sequenciais): de AG002878 a 9G053112
Subaru Outback
- ano/modelo: 2004 a 2014
- data de fabricação: de 7/4/04 a 23/11/13
- números de chassis (não sequenciais): de AG005338 a EG174677
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Subaru Impreza
- ano/modelo: 2008 a 2011
- data de fabricação: de 4/12/07 a 20/9/11
- números de chassis (não sequenciais): de 9G002406 a BG086071
Subaru WRX
- ano/modelo: 2005 a 2014
- data de fabricação: de 2/9/04 a 14/11/13
- números de chassis (não sequenciais): de 9G006017 a CG086895
Subaru STI
- ano/modelo: 2011 a 2013
- data de fabricação de 30/7/10 a 3/10/12
- números de chassis (não sequenciais): de BG014852 a BG081858
Subaru Forester
- ano/modelo: 2009 a 2012
- data de fabricação: de 3/4/08 a 21/3/12
- números de chassis (não sequenciais): de 9G016884 a CG298583
Para consultas e agendamentos, a marca disponibiliza o telefone 0800-770-2011 e seu site.
Recalls bizarros
Na galeria, relembre alguns recalls inusitados da indústria.
- Fiat Tipo: depois que algumas unidades pegaram fogo sozinhas, a Fiat convocou um recall para substituir o tubo convergedor de ar quente do motor. Mesmo com a manutenção, alguns veículos continuaram pegando fogo, e foi preciso fazer um segundo chamado para consertar vazamentos de fluido da direção hidráulica, já que o líquido vazava pelo escapamento e provocava os incêndios
- Fiat Tipo | Foto: Divulgação
- Ford Pinto: o veículo, que foi barrado no Brasil por conta do nome sugestivo, protagonizou um recall polêmico nos Estados Unidos. Se o carro sofresse uma colisão traseira, o tanque de gasolina podia quebrar e causar uma explosão. Antes de colocar o modelo no mercado, a Ford já sabia do problema, mas fez as contas e percebeu que indenizar possíveis mortes e casos de queimaduras sairia bem mais barato do que regularizar a linha de produção. No final, depois de mortes e ferimentos graves, a montadora convocou as unidades para recall e teve que pagar milhões em indenizações | Foto: 2000Scooby via VisualHunt.com / CC BY-NC-ND
- Ford Pinto | Foto: France1978 via Visualhunt.com / CC BY-SA
- Citroën C3 Picasso: em 2011, 22 unidades da Inglaterra foram chamadas para recall por conta de um motivo um tanto o quanto exótico: quando o passageiro da frente pisava com força no assoalho do carro, era possível acionar o sistema de frenagem sem querer. Isso acontecia porque as versões inglesas tinham os volantes e pedais migrados para o lado direito da cabine, mas o mecanismo continuava passando por baixo do forro do assoalho da parte esquerda (do passageiro). A solução foi reforçar o isolamento dos fios | Foto: RL GNZLZ via VisualHunt / CC BY-SA
- Citroën C3 Picasso | Foto: RL GNZLZ via VisualHunt.com / CC BY-SA
- Mercedes-Benz Classe A: durante seu lançamento mundial em 1997, o modelo capotou quando participava do “teste do desvio do alce”. Para evitar que a situação se repetisse, a montadora implantou um sistema eletrônico de estabilidade e fez mudanças na suspensão sem alterar o valor final do carro | Foto: Carlos Octavio Uranga via Visualhunt.com / CC BY-NC-ND
- Mercedes-Benz Classe A | Foto: Carlos Octavio Uranga via Visual hunt / CC BY-NC-ND
- Airbags mortais: Ao menos 16 pessoas morreram por conta das bolsas infláveis defeituosas da empresa japonesa Takata. Os itens projetaram fragmentos contra os ocupantes. O escândalo foi revelado em 2014 e já atingiu grandes montadoras, como Honda, Toyota, BMW e General Motors, que precisaram realizar convocações para recall de seus carros | Foto: Divulgação
- Honda foi uma das atingidas pelos Itens defeituosos da Takata | Foto: Divulgação
- Toyota Corolla: a má fixação do tapete do carro fazia o item deslizar e travar o pedal de aceleração do veículo. Algumas unidades aceleraram sozinhas e causaram acidentes graves. A Toyota convocou mais de 100 mil unidades brasileiras para fazer manutenções no sistema de fixação dos tapetes e explicar a forma ideal de posicioná-los | Foto: Divulgação
- Toyota Corolla | Foto: Divulgação
- Ford F-150 (Foto: Divulgação)
- Ford F-150 | Foto: Divulgação
- Chevrolet Sonic: logo após o lançamento do modelo nos Estados Unidos, a GM percebeu que mais de quatro mil unidades saíram de fábrica sem as pastilhas de freio. A falha afetava o desempenho do carro e virou motivo de recall | Foto: Divulgação
- Chevrolet Sonic | Foto: Divulgação
- Volkswagen Fox: mais de 500 mil unidades vendidas no Brasil contavam com um defeito que decepava a ponta dos dedos das pessoas que tentavam rebater os bancos do carro. Isso porque o sistema era um pouco “arisco” e funcionava como uma guilhotina. A montadora convocou o recall, modificou o sistema e incluiu avisos indicando a maneira correta de posicionar as mãos e os dedos durante a ação | Foto: Divulgação
- Volkswagen Fox | Foto: Divulgação
- Chevrolet Saturn Ion, Pontiac Pursuit, Pontiac G5, Cobalt, Saturn Ion, HHRs, Pontiac Solstice e Saturn Sky: outro caso polêmic é o recall de mais de um milhão de unidades da GM nos Estados Unidos. A montadora demorou mais de 10 anos para divulgar que os veículos tinham um defeito na ignição. A falha está relacionada a cerca de 13 mortes acidentais e rendeu uma multa de US$ 35 milhões à empresa norte-americana | Foto: Divulgação
- Chevrolet Cobalt | Foto: Divulgação
- Fiat Stilo: algumas unidades fabricadas entre 2004 e 2010 tinham um defeito que podia causar a soltura das rodas traseiras durante a condução. Depois do registro de acidentes, a Fiat convocou um recall imediato para substituir o conjunto do cubo da roda. A montadora ainda teve que pagar uma multa de R$ 3 milhões por colocar um produto com defeito de fabricação no mercado | Foto: Divulgação
- Fiat Stilo | Foto: Divulgação
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.