Recall da Nissan convoca Sentra, Frontier e Pathfinder por problema no airbag
Um recall da Nissan foi anunciado nesta semana. A montadora convoca os modelos Frontier, produzidos entre 8/2007 e 3/2008, Pathfinder...
Um recall da Nissan foi anunciado nesta semana. A montadora convoca os modelos Frontier, produzidos entre 8/2007 e 3/2008, Pathfinder, fabricados entre 10/2001 e 10/2004, e Sentra, construídos entre 1/2004 e 7/2006. Os três veículos podem apresentar problemas no airbag, por isso estão convocados e devem ser levados a uma concessionária da marca.
Segundo a fabricante, os veículos precisam substituir o gerador de gases do airbag. Em caso de colisão frontal com deflagração das bolsas, a ativação do gerador pode resultar em uma pressão excessiva e acarretar em sua ruptura. Com isso, pode ocorrer a projeção de fragmentos metálicos para o interior do veículo.
No caso de Pathfinder e Sentra, é necessário uma nova substituição do gerador de gases do airbag do passageiro que já foram trocados em campanhas anteriores. No caso da Frontier, o problema é na bolsa do condutor.
Veículos convocados
Na galeria, confira os veículos convocados na campanha da Nissan.
Substituição do Gerador de Gases do Airbag
Modelo
Intervalo de chassi
Fabricação
Unidades convocadas
Gerador de Gases
País de origem
Frontier
MNTVCUD4086000007 a
MNTVCUD4086004932
não sequenciais
Ago/2007 a Mar/2008
4.844
Motorista
Tailândia
Pathfinder
JN1VDWR502W000104 a JN1VDWR505W300131 não sequenciais
Out/2001 a Out/2004
55
Passageiro
Japão
Sentra
3N1CB51D05L503983 a 3N1CB51D47L450613 não sequenciais
Jan/2004 a Jul/2006
124
Passageiro
México
O tempo estimado de reparo é de 1 hora, o serviço é gratuito e poderá ser agendado a partir de 20 de janeiro, entre 8h e 18h em uma concessionária. Para mais informações, a marca disponibiliza o telefone 0800 011 1090 e seu site.
Recalls exóticos
Por mais que a Nissan não informe, as características informadas pela marca batem com os problemas dos airbags mortais da Takata. Na galeria, relembre este caso e alguns outros que deram o que falar.
Fiat Tipo: depois que algumas unidades pegaram fogo sozinhas, a Fiat convocou um recall para substituir o tubo convergedor de ar quente do motor. Mesmo com a manutenção, alguns veículos continuaram pegando fogo, e foi preciso fazer um segundo chamado para consertar vazamentos de fluido da direção hidráulica, já que o líquido vazava pelo escapamento e provocava os incêndios
Fiat Tipo | Foto: Divulgação
Ford Pinto: o veículo, que foi barrado no Brasil por conta do nome sugestivo, protagonizou um recall polêmico nos Estados Unidos. Se o carro sofresse uma colisão traseira, o tanque de gasolina podia quebrar e causar uma explosão. Antes de colocar o modelo no mercado, a Ford já sabia do problema, mas fez as contas e percebeu que indenizar possíveis mortes e casos de queimaduras sairia bem mais barato do que regularizar a linha de produção. No final, depois de mortes e ferimentos graves, a montadora convocou as unidades para recall e teve que pagar milhões em indenizações | Foto: 2000Scooby via VisualHunt.com / CC BY-NC-ND
Citroën C3 Picasso: em 2011, 22 unidades da Inglaterra foram chamadas para recall por conta de um motivo um tanto o quanto exótico: quando o passageiro da frente pisava com força no assoalho do carro, era possível acionar o sistema de frenagem sem querer. Isso acontecia porque as versões inglesas tinham os volantes e pedais migrados para o lado direito da cabine, mas o mecanismo continuava passando por baixo do forro do assoalho da parte esquerda (do passageiro). A solução foi reforçar o isolamento dos fios | Foto: RL GNZLZ via VisualHunt / CC BY-SA
Mercedes-Benz Classe A: durante seu lançamento mundial em 1997, o modelo capotou quando participava do “teste do desvio do alce”. Para evitar que a situação se repetisse, a montadora implantou um sistema eletrônico de estabilidade e fez mudanças na suspensão sem alterar o valor final do carro | Foto: Carlos Octavio Uranga via Visualhunt.com / CC BY-NC-ND
Airbags mortais: Ao menos 16 pessoas morreram por conta das bolsas infláveis defeituosas da empresa japonesa Takata. Os itens projetaram fragmentos contra os ocupantes. O escândalo foi revelado em 2014 e já atingiu grandes montadoras, como Honda, Toyota, BMW e General Motors, que precisaram realizar convocações para recall de seus carros | Foto: Divulgação
Honda foi uma das atingidas pelos Itens defeituosos da Takata | Foto: Divulgação
Toyota Corolla: a má fixação do tapete do carro fazia o item deslizar e travar o pedal de aceleração do veículo. Algumas unidades aceleraram sozinhas e causaram acidentes graves. A Toyota convocou mais de 100 mil unidades brasileiras para fazer manutenções no sistema de fixação dos tapetes e explicar a forma ideal de posicioná-los | Foto: Divulgação
Toyota Corolla | Foto: Divulgação
Ford F-150 (Foto: Divulgação)
Ford F-150 | Foto: Divulgação
Chevrolet Sonic: logo após o lançamento do modelo nos Estados Unidos, a GM percebeu que mais de quatro mil unidades saíram de fábrica sem as pastilhas de freio. A falha afetava o desempenho do carro e virou motivo de recall | Foto: Divulgação
Chevrolet Sonic | Foto: Divulgação
Volkswagen Fox: mais de 500 mil unidades vendidas no Brasil contavam com um defeito que decepava a ponta dos dedos das pessoas que tentavam rebater os bancos do carro. Isso porque o sistema era um pouco “arisco” e funcionava como uma guilhotina. A montadora convocou o recall, modificou o sistema e incluiu avisos indicando a maneira correta de posicionar as mãos e os dedos durante a ação | Foto: Divulgação
Volkswagen Fox | Foto: Divulgação
Chevrolet Saturn Ion, Pontiac Pursuit, Pontiac G5, Cobalt, Saturn Ion, HHRs, Pontiac Solstice e Saturn Sky: outro caso polêmic é o recall de mais de um milhão de unidades da GM nos Estados Unidos. A montadora demorou mais de 10 anos para divulgar que os veículos tinham um defeito na ignição. A falha está relacionada a cerca de 13 mortes acidentais e rendeu uma multa de US$ 35 milhões à empresa norte-americana | Foto: Divulgação
Chevrolet Cobalt | Foto: Divulgação
Fiat Stilo: algumas unidades fabricadas entre 2004 e 2010 tinham um defeito que podia causar a soltura das rodas traseiras durante a condução. Depois do registro de acidentes, a Fiat convocou um recall imediato para substituir o conjunto do cubo da roda. A montadora ainda teve que pagar uma multa de R$ 3 milhões por colocar um produto com defeito de fabricação no mercado | Foto: Divulgação
Fiat Stilo | Foto: Divulgação
Escrito por
Leo Alves
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.