Quem é Roberval Andrade, piloto de Truck preso em operação da PF
Saiba quem é Roberval Andrade, o multicampeão piloto da Copa Truck preso pela PF por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema de vazamento de informações da Polícia Civil
O renomado piloto da Copa Truck, Roberval Andrade, de 54 anos, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (25 de junho), em uma operação que investiga um complexo esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas. A ação, que chocou o automobilismo brasileiro, apura a participação do empresário em crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
Quem é Roberval Andrade?
Conhecido por sua trajetória de 25 temporadas no automobilismo, Roberval Andrade é uma figura de destaque nas competições de caminhões. Ele é bicampeão da Fórmula Truck e possui uma vitória na atual Copa Truck, onde compete pela ASG MotorSport, equipe oficial da Mercedes-Benz.
Ao todo, Andrade soma quatro títulos em sua carreira: além dos três individuais, ele foi campeão como “Equipe Campeã 2022”. Suas redes sociais frequentemente mostravam a rotina de um piloto de elite.
A prisão de Andrade é um desdobramento da Operação Augusta, que por sua vez é uma continuação da Operação Tácitus, deflagrada em dezembro. A Tácitus investigava policiais suspeitos de envolvimento em manipulação e vazamento de investigações para criminosos, venda de proteção e corrupção para beneficiar um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Operação Augusta, que visa Roberval Andrade, é um desdobramento direto da investigação do caso que envolve a delação premiada de Antonio Vinicius Gritzbach, corretor de imóveis assassinado em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos. Gritzbach havia delatado parte dos alvos da operação, incluindo dois delegados, agentes da Polícia Civil de São Paulo, um advogado e traficantes.
Além de Andrade, outros dois mandados de prisão foram cumpridos contra investigadores da Polícia Civil de São Paulo: Sérgio Ribeiro, de 1ª Classe da Divisão de Crimes Contra a Administração do DPPC, e Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, do Decap, que já estava preso desde o ano passado.
As acusações e apreensões
As investigações conjuntas da PF, GAECO do Ministério Público de São Paulo, Polícia Militar e Corregedoria da Polícia Civil indicam que os alvos agiam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais em troca de vantagens indevidas. Entre os crimes apurados estão:
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Arquivamento irregular de procedimentos policiais.
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Repasse clandestino de informações protegidas por sigilo.
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Intermediação ilícita e apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos.
Um dos episódios investigados de perto é a tentativa de restituição de um helicóptero modelo Augusta AW109 do Primeiro Comando da Capital – que deu nome à operação. Essa aeronave estava bloqueada pela Justiça, junto a outros bens e recursos que podem somar R$ 12 milhões.
Durante as diligências na capital paulista, região metropolitana e Praia Grande, os agentes apreenderam diversos bens de luxo, incluindo um helicóptero, carros de luxo, grande quantidade de dinheiro e armas, como fuzil e pistolas.
Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As investigações seguem em andamento sob sigilo. Até o momento, as defesas dos envolvidos não foram localizadas.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.