Quando o assunto é descarbonização, Brasil é primeiro mundo

Dado o avanço nas pautas ambientais, a descarbonização dos automóveis passou a ser tema cada vez mais frequente no segmento automotivo.

O Brasil, por sua vez, protagonizou nos últimos anos, avanços notáveis, dando sua parcela importante de contribuição para a evolução da indústria.

Dado o avanço nas pautas ambientais, a descarbonização dos automóveis passou a ser tema cada vez mais frequente no segmento automotivo.
Eletrificação dos carros é uma saída bastante defendida em prol do meio ambiente (Foto: Mobiauto)

Evolução da descarbonização brasileira

De acordo com dados da consultoria automobilística Bright Consulting, o processo de descarbonização de automóveis no Brasil foi bastante desafiador nas últimas décadas, mas o resultado é de se orgulhar.

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O ponto de partida para a mudança nos rumos de controle de emissões no país foi o desenvolvimento do sistema de injeção flexfuel a partir da década de 90.

A ideia foi o ponto de partida para a implementação do que temos atualmente como ”mercado de biocombustíveis”.

Para Besaliel Botelho, membro do conselho consultivo da Bright Consulting, acompanhar e fazer parte da mudança de rumo para o desenvolvimento do setor exigiu muito trabalho.

Segundo o especialista este foi um longo processo que envolveu planejamento, legislação e testes técnicos, para que as tecnologias de engenharia que conhecemos hoje se tornassem viáveis.

No entanto, o trabalho árduo gerou resultados significativos, já que o Brasil hoje possui a matriz energética mais limpa do mundo, além de um mercado adaptável a diferentes tecnologias de acordo com Besaliel Botelho.

Dado o avanço nas pautas ambientais, a descarbonização dos automóveis passou a ser tema cada vez mais frequente no segmento automotivo.
Órgãos de meio ambiente estão cada vez mais rigorosos em relação as emissões veículares (Foto: Pixabay)

Linha do tempo recente que resultou no mercado de biocombustíveis

Para a Bright Consulting, um dos primeiros passos foi dado há 20 anos com o sistema flexfluel.

Segundo Besaliel Botelho, o que hoje é tido como indispensável há duas décadas era uma ”disrupção para a indústria de automóveis nacional”.

Segundo ele, era desafiador planejar as possíveis rotas tecnológicas para a implementação da injeção eletrônica nos motores em substituição aos tradicionais carburadores.

A troca já visava, sobretudo, cumprir índices de emissões menos danosos ao meio ambiente.

A legislação vigente na época para inspecionar as emissões dos veículos era a primeira fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

Cabe destacar que os níveis do programa de fiscalização eram bem mais permissivos que os de hoje, por exemplo.

Outro desafio apontado pelo especialista foi a luta para desenvolver peças capazes de suportar o contato direto com o álcool hidratado, já que havia forte incentivo para iniciação de consumo desse combustível.

Desta forma, o desafio virou a oportunidade que resultou no biocombustível.

Ou seja, o incentivo ao uso do álcool com a ideia de oportunizar ambos os tipos de combustíveis gerou a ideia de um sistema flexfluel.

No entanto, para colocar a proposta em prática se passaram mais dez anos entre testes de desenvolvimento, negociações e planejamento.

Veja o papel do Brasil na descarbonização automotiva
”Cidades mais limpas” é um tema cada vez mais abordado nas discussões automotivas (Foto: Pexels)

Gervásio HenriqueJornalista com maior experiência profissional no setor automotivo. Atualmente redator do Grupo Gridmidia com foco no portal Garagem360. Temas como: mobilidade, serviços e setor de caminhões estão entre as preferências.
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