Quais as alternativas à correia dentada banhada a óleo do Chevrolet Onix, Tracker e Montana?
Descubra as melhores alternativas à polêmica correia dentada banhada a óleo dos Chevrolet Onix, Tracker e Montana. Entenda os problemas, a solução da corrente de comando e dicas para quem já tem um desses veículos!
A introdução da correia dentada banhada a óleo em motores modernos, como os 1.0 e 1.2 turbo ou aspirados da Chevrolet presentes em modelos como Onix, Tracker e Nova Montana (a partir de 2019/2020), gerou um debate acalorado entre mecânicos e proprietários.
A promessa era de maior durabilidade, chegando a 240.000 km, e menor ruído. No entanto, relatos de problemas prematuros e custos de reparo elevados têm levado muitos a questionar a confiabilidade desse componente.
O Que é a Correia Dentada Banhada a Óleo e Por Que a Polêmica?
Tradicionalmente, a correia dentada, responsável por sincronizar o virabrequim e o comando de válvulas do motor, trabalhava a seco e tinha uma vida útil de 50.000 a 70.000 km. Já a versão “banhada a óleo” (ou Belt in Oil – BIO) é imersa no óleo do motor. A ideia é reduzir o atrito, o ruído e, teoricamente, aumentar sua durabilidade, além de contribuir para a eficiência do motor e a redução de emissões.
A polêmica surge porque, apesar da promessa de longa vida útil, muitos proprietários têm enfrentado problemas com a correia esfarelando ou rompendo muito antes do esperado, por vezes com menos de 100.000 km. A Chevrolet atribui grande parte desses problemas ao uso de óleo inadequado ou à falta de manutenção rigorosa, que afeta a compatibilidade do material da correia com o lubrificante.
Como noticiamos aqui, a montadora chegou a estender a garantia para 240.000 km, mas condicionada à realização de todas as revisões em concessionárias e ao uso do óleo específico (ACDelco Dexos 1GEN3).
O custo de uma troca preventiva ou corretiva da correia banhada a óleo é significativamente mais alto do que o de uma correia seca, podendo chegar a valores entre R$ 3.000 e R$ 5.000, ou até mais em casos de danos ao motor. Isso levanta a questão: existem alternativas viáveis a essa tecnologia para quem busca mais tranquilidade e menor custo de manutenção?
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A Corrente de Comando: A Principal Alternativa
A principal alternativa à correia dentada, seja ela seca ou banhada a óleo, é a corrente de comando. Muitos fabricantes optam por essa solução em seus motores, especialmente aqueles projetados para alta durabilidade e uso severo.
Vantagens da Corrente de Comando:
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Durabilidade Superior: A corrente é metálica e, geralmente, projetada para durar a vida útil do motor, sem necessidade de troca periódica. Isso elimina a preocupação com a quebra e os consequentes danos graves ao motor.
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Menor Manutenção: Por não ter uma vida útil definida para troca, a corrente de comando reduz os custos e a frequência das manutenções preventivas relacionadas ao sistema de sincronismo.
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Robustez: Por ser de metal, a corrente é mais resistente à contaminação por combustível ou ao uso de óleos fora da especificação, que são os principais vilões das correias banhadas a óleo.
Desvantagens da Corrente de Comando:
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Ruído: Em geral, motores com corrente de comando podem ser um pouco mais ruidosos que os com correia dentada, embora a evolução tecnológica tenha minimizado essa diferença.
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Custo de Fabricação: O custo de fabricação de um motor com corrente pode ser ligeiramente maior para a montadora, o que impacta no preço final do veículo.
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Possível Manutenção (Rara): Embora projetada para a vida toda, a corrente pode, em casos raros e de uso extremo, apresentar desgaste ou folga, exigindo manutenção que é mais complexa e cara do que a troca de uma correia.
Existem Kits de Conversão para os Motores Chevrolet?
A possibilidade de converter um motor com correia banhada a óleo para corrente de comando é um tema recorrente entre proprietários. Para alguns motores, como os 1.0 turbo de três cilindros da Ford (Fiesta) na Europa, existem kits de conversão disponíveis com peças originais. No entanto, para os motores Chevrolet CSS Prime (Onix, Tracker, Montana), não há relatos de kits de conversão disponíveis no mercado.
A adaptação de um sistema tão crítico como o sincronismo do motor exigiria um projeto de engenharia complexo e o uso de peças que não são originais para aquela configuração, o que não é recomendado e pode comprometer seriamente a segurança e a durabilidade do motor.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.