Controle de estabilidade deveria vir de fábrica, de acordo com pesquisa da associação
Após realização de teste prático com dois veículos do mesmo modelo, um com o controle eletrônico de estabilidade e outro sem o sistema, a PROTESTE Associação de Consumidores concluiu que o recurso precisa ser oferecido obrigatoriamente em todos os veículos.
Para que isso se torne realidade, a organização está coletando assinaturas para pressionar o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O projeto prevê que todos os automóveis já saiam de fábrica com o dispositivo a partir do segundo semestre de 2017, dando tempo hábil para as montadoras se programarem.
“No Brasil, já avançamos na segurança veicular, mas centenas de pessoas ainda morrem todos os dias no trânsito, porque o controle eletrônico de estabilidade só equipa carros de luxo”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. “Vamos juntos lutar por mais este direito do consumidor”, completa.
Avaliação
Na primeira avaliação, a associação contou com a ajuda de um piloto profissional. A ele foi solicitado que fizesse um desvio de emergência com o carro a 70 km/h e sem o controle eletrônico de estabilidade. De acordo com os resultados apresentados, se o motorista não fosse especialista em manobras, teria capotado com o automóvel. No modelo com o equipamento, por sua vez, o sistema assumiu o controle no momento da ocorrência dos movimentos de descontrole, evitando a derrapagem.
No segundo teste, um slalom, em que é provocada a instabilidade no carro para avaliar o seu comportamento, o controle de estabilidade também se mostrou essencial. De acordo com a entidade, ele perde somente para o cinto de segurança quanto a item mais importante de segurança
A expectiva da PROTESTE agora é de que o Denatran se sensibilize com a causa e passe a classificar o equipamento como obrigatório, como ocorreu com o freio ABS e o airbag. Vale destacar que nos Estados Unidos e na União Europeia o item já é indispensável e pode evitar mais de 50% dos acidentes fatais. Na Argentina a obrigatoriedade passa a valer em 2018.
