Mercado das motos no Brasil: produção cresce, mas exportação cai
De acordo com a Abraciclo, produção de motos cresceu 30,2% em agosto. A 2º melhor marca do ano. Mas, vendas e exportações caíram...
Um desafio atual para os mais diversos setores da economia é a retomada dos prejuízos causados pela pandemia da Covid-19 (que ainda não acabou). O setor de produção de motos é um deles. E ele vem mostrando bons números nestes últimos meses. De acordo com a Abraciclo, a produção de motocicletas cresceu 30,2% em agosto. A segunda melhor marca do ano.
Produção de motos no Brasil cresceu 30,2% em agosto
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares representa as fabricantes de motos aqui no Brasil. Os números divulgados pela entidade mostram que as marcas do Polo Industrial de Manaus (PIM) fabricaram 123.722 unidades no último mês.
Só para ter uma ideia, no mês de julho saíram de lá 95.025 motocicletas. Ou seja, um aumento de 30,2%. Agora, se compararmos com os outros meses, vemos que está foi a segunda melhor marca. Na primeira posição ainda está o mês de março. Isso porque foram produzidas 125.556 unidades durante os 31 dias do terceiro mês do ano. Ao todo, 787.610 novas motos saíram do PIM.
“Os números alcançados em agosto comprovam a retomada do setor e o esforço das fabricantes para atender à demanda do mercado. Esse é o segundo melhor resultado do ano e o melhor resultado de janeiro a agosto desde 2015. Seguimos avançando rumo a um novo ciclo de crescimento.”, disse Marcos Fermanian, Presidente da Abraciclo, em comunicado.
Outro ponto importante é o crescimento com relação ao ano passado. Contando apenas o mês de agosto de 2020, o aumento foi de 8%. Sendo que no período foram feitas 98.358 motos. Já o número acumulado também foi maior.
Neste caso, a alta foi de 33,8%. Um dado interessante aqui é que o número de motos produzidas entre janeiro e agosto deste ano foi o maior desde 2015. Claro, contando apenas o período.
Falta de insumos
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Fermanian ainda diz que a Abraciclo também está atenta a todos os fatores que podem afetar o setor. Neste caso, ele está se referindo da alta dos juros, o aumento da inflação e a explosão dos preços.
Ele também comenta sobre a falta de insumos, ele diz que “todas as associadas acompanham atentamente as dificuldades na cadeia logística, devido ao fechamento de alguns portos em decorrência dos casos da variante delta do coronavírus”.
Motos com exportações e vendas em baixa
Mas nem tudo são flores no setor. Ao contrário do número de produção de motocicletas, número de motos exportadas fechou o mês passado em queda. Em agosto, foram exportadas 5.607 unidades. Isso significa que a retração foi de 7,0% em relação ao mês de julho.
De acordo com dados da Comex Start, os Estados Unidos foi o destino da maioria das motos (1.924 unidades). Logo na sequência vem a Argentina (1.876 unidades) e Colômbia (1.512 unidades).
O número de vendas também fechou abaixo. Foram comercializadas 102.463 unidades durante o período, Ou seja, uma queda 9% com relação ao mês anterior, que registrou 95.961 unidades vendidas. Mesmo assim, ainda é o melhor resultado para um mês de agosto nos últimos sete anos.
“O recuo nas vendas já era esperado devido as férias coletivas de julho, que reduziu a oferta de motocicletas no mercado.”, comenta Marcos Fermanian.
Por outro lado, o número de vendas acumuladas terminou em alta. As 732.155 motos vendidas até o momento representam um aumento de 37,8% com relação ao mesmo período de 2020. Naquele momento, tinham sido comercializadas 531.250 unidades.
Veja abaixo o número de motos vendidas por categoria (dados da Abraciclo)
1º – Street: 50.392 unidades
2º – Trail: 20.207 unidades
3º – Motoneta: 14.073 unidades
4º – Scooter: 9.354 unidades
5º – Naked: 3.466 unidades
6º – Bigtrail: 2.131 unidades
7º – Ciclomotor: 1.595 unidades
8º – Sport: 628 unidades
9º – Custom: 467 unidades
10º – Triciclo: 130 unidades
11º- Touring: 20 unidades
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.