Procura por motos elétricas cresce mais de 200% em 2022, aponta plataforma

A mobilidade elétrica ganha espaço crescente entre os consumidores brasileiros, em especial no que ser refere aos veículos de duas rodas, que podem ser cerca de 25 vezes mais baratos que carros elétricos no País. De acordo com um levantamento da plataforma Mercado Livre, no primeiro semestre de 2022, houve um crescimento na intenção de compra de motos e scooters elétricas e híbridas de todas as faixas de cilindradas. 

Crescimento das buscas ocorre em todas as categorias de motos elétricas e scooters

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A Voltz EVS é a sexta motocicleta elétrica mais barata do Brasil (Foto: Divulgação)

Em relação às buscas na plataforma, o salto mais expressivo ocorreu na faixa entre 50 cc e 60 cc, com crescimento de 208% – a mesma faixa de cilindrada também teve um aumento na oferta de quase 90% no período. As marcas mais procuradas são Aima e Shineray, com preços médios de R$ 11 mil.

“Quando falamos tanto em preço de aquisição quanto no valor de abastecimento, as scooters elétricas têm sido especialmente competitivas. As motocicletas em geral continuam sendo vistas como alternativas mais econômicas”, analisa Luciano Avila, chefe do segmento Motors do Mercado Livre. 

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“E quando falamos das elétricas de baixa cilindrada, elas se tornaram alternativas ainda mais viáveis, em especial para deslocamentos urbanos. Com a tendência de eletrificação, as marcas que apostarem nestes modelos devem seguir recebendo feedbacks positivos dos consumidores”, afirma.

Outras faixas de cilindrada também obtiveram crescimento na intenção de compra. Motos elétricas de 50 cilindradas ou menos tiveram um aumento de cerca de 20% na intenção de compra, apesar da uma queda de 45% na oferta. 

Motos híbridas (de motores a combustão e elétricos) de 160 a 300 cilindradas mantêm um crescimento expressivo na intenção de compra no período, com um aumento de 190%. Os modelos abaixo de 160 cilindradas tiveram crescimento de 43% na intenção de compra.

Faixa de preço preferencial é entre R$ 9 mil e R$ 15 mil

A faixa de preço média para scooters e motos elétricas de baixa cilindrada das marcas mais visadas pelos consumidores, Aima e Shineray, foi de R$ 9 mil a R$ 15 mil no período.

A intenção de compra é representada por contatos iniciados por compradores com vendedores por meio da plataforma e a oferta por anúncios publicados por vendedores.

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Scooter elétrica Mobyou 3000 Plus (Foto: Divulgação)

Tendência no mundo, devido à sua  mobilidade e versatilidade, junto à autonomia e à sustentabilidade, as scooters elétricas vêm atraindo um grande número de brasileiros. Existem razões objetivas para isso. Veja a seguir.

  1. Praticidade: diferentemente dos carros, as baterias das motos podem ser carregadas em qualquer tomada e em qualquer lugar, por serem portáteis e fáceis de transportar;
  2. Economia: com o aumento do preço de combustível, financeiramente acaba sendo mais econômico utilizar veículos movidos a bateria, visto que alguns modelos gastam menos de R$ 1,00 por uma recarga que garante autonomia de 30km. Alguns modelos de moto a combustão fazem de 22 a 24,5 km por litro de gasolina, que em algumas localidades chega a custar R$ 8,00;
  3. Baixo custo de manutenção: Como não há troca de óleos, filtros, a scooter elétrica tem menos peças que demandem trocas periódicas; 
  4. Consciência ambiental: devido às emergências climáticas, as pessoas vêm mudando seu conceito pessoal em relação aos motores a combustão. A preocupação com o meio ambiente é uma realidade crescente no Brasil e no mundo todo;
  5. Dispensa de CNH categoria A: as scooters elétricas podem ser emplacadas normalmente, mas não exigem que o piloto porte a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com a permissão específica para pilotar motocicletas. Basta uma Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), que pode ser obtida mais facilmente por quem já é habilitado nas categorias B, C, D ou E.

 

Paulo Silveira Lima
Paulo Silveira LimaJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
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