Preço da gasolina nos postos fica abaixo de R$ 5, mas vai aumentar

O preço médio da gasolina vendida nos postos ficou abaixo dos R$ 5 na semana passada. Porém, reajuste da Petrobras vai valor novamente

O preço médio do litro da gasolina vendida nos postos do País ficou abaixo dos R$ 5 na semana de 15 a 21 de janeiro. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apurou uma queda de 1,2% em seu balanço semanal de preços, divulgado na segunda-feira (23). O valor médio do litro passou de R$ 5,04 para R$ 4,98.

O preço mínimo de venda da gasolina encontrado pela ANP foi R$ 4,15 e o máximo, R$ 6,99.

Preço da gasolina já fica mais caro nos postos nesta semana

Distribuidores já pagam a mais pela gasolina nas refinarias (Foto: Agência Brasil)

Na quarta-feira (25), o preço de venda da gasolina nas refinarias da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, aumento de R$ 0,23 (7,5%) por litro.

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba”, afirma a Petrobras em nota.

Segundo a empresa, esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, “que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

A última vez que o preço da gasolina havia sido reajustado foi no dia 6 de dezembro, quando sofreu uma redução de 6,1%.

É preciso ressaltar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Os postos têm liberdade para estabelecer os preços cobrados; assim, quando há queda do preço cobrado pela Petrobras, a diferença pode demorar a chegar às bombas.

No entanto, motoristas de várias partes do País já relatam estar pagando mais caro pelo combustível. Porta-vozes do mercado afirmam que o aumento anunciado pela Petrobras poderia ter sido ainda maior. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que o preço da gasolina estava 15% menor em relação ao comercializado no exterior.

O mercado esperava um reajuste maior do que R$ 0,23 por litro, considerando que existia até então uma defasagem da ordem de 15% em relação aos preços internacionais do combustível.

O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, considera o aumento do preço da gasolina anunciado como insuficiente para que se abra uma janela de importação do combustível.

De acordo com Araújo, o preço no Golfo do México – usado como referência para medir a paridade de importação (PPI), política praticada pela estatal desde 2016 – estava, antes do aumento, cerca de R$ 0,55 por litro em média acima do preço comercializado no mercado brasileiro.

“Ficou espaço para um novo aumento, a gente esperava um reajuste maior. Desde que a Petrobras anunciou o último reajuste, há 50 dias, a gasolina já subiu R$ 0,61 por litro no Golfo”, afirma o presidente da Abicom.

Mercado aguarda anúncio de novo aumento da Petrobras em breve (Foto: Geraldo Falcão/Agência Brasil)

Outros combustíveis

O levantamento da ANP mostra que o preço médio do litro do etanol caiu de R$ 3,94 para R$ R$ 3,85 (-2,3%). O valor mais alto pesquisado pela agência foi de R$ 6,57 e o mínimo, R$ 3,15.

Já o valor médio do litro do diesel passou de R$ 6,36 para R$ 6,32 (0,6%). O preço mais alto encontrado nos postos foi de R$ 7,99 e o mais baixo, de R$ 5,39.

Com informações da Agência Brasil.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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