Preço da gasolina: Petrobras não pretende segurar a alta; saiba mais

Caso o petróleo e o câmbio continuarem a subir, a Petrobras não pretende segurar a alta. Ou seja, realizará reajustes nos preços nas bombas de combustível.

O preço da gasolina não para de crescer aqui no Brasil. Em alguns estados, os valores cobrados pelos postos já ultrapassaram os R$ 7 por litro. E caso o petróleo e o câmbio continuarem a subir, a Petrobras não pretende segurar a alta. Ou seja, realizará reajustes nos preços nas bombas de combustível. Quem disse isso foi o próprio Joaquim Silva e Luna,  presidente da empresa.

O CEO concedeu uma entrevista à agência de notícias ‘Reuters” na última sexta-feira (01/10). De acordo com ele, estas mudanças nos preços será necessária para que seja mantida a política da empresa de caminhar sempre junto das cotações globais. Mesmo que elas andem na contramão da pressões de parte da sociedade. “A chance disso (segurar preços) acontecer é nenhuma”, disse Luna ao repórter Rodrigo Viga Gaier.

Foto: Pixabay.com

Preço da gasolina: Petrobras não pretende segurar a alta; saiba mais

Sem falar que ele diz que a empesa precisa continuar respeitando algumas métricas de preços internacionais. Além da Lei das Estatais, que exige o respeito a política de governança da empresa. Ele apontou a criação de um fundo de estabilização de preços. como uma possível solução para esta crise.

“Uma solução está sendo construída com nosso presidente e com vários ministérios… tem países que já usam e tem um fundo para ser usado em momentos de dificuldades”, disse ele à Reuters.

Neste caso, seriam usados recursos públicos para a execução. Na mesma entrevista, o presidente da companhia contou que o Governo Federal descartou a possibilidade da Petrobras ser usada com instrumento para controlar a inflação.

Foto: Erik Mclean/Unsplash.com

Joaquim Silva e Luna também projetou este último trimestre do ano. Segundo ele, a alta da demanda por derivados nos países do Hemisfério Norte podem fazer com que o preço do petróleo sofra uma inflação.  Sem falar que ele está na espera pela baixa do dólar. Isso porque o barril do tipo Brent pode subir. Vale destacar que este é o tipo de cotação usada pela Petrobras para definir os preços dos combustíveis.

“Estamos na tempestade perfeita. O dólar deu uma descolada monstruosa e até incompreensível… todos no Brasil torcem pela queda do dólar, mas eu torço mais que todo mundo”, afirmou

Aumento recente do diesel e da gasolina

Foto: Pixabay.com

E essa entrevista acontece na mesma semana em que a própria Petrobras reajustou o preço do diesel. Após 85 dias de preços inalterados, o combustível ficou 8,89% mais caro. A mudança fez com que os preços deste combustível nas distribuidoras de todo o Brasil passasse de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro. Ou seja, R$ 0,25 por litro.

Se formos juntar todos os aumentos realizados nos últimos tempos, dá para dizer que tivemos um aumento de 50% no ano.

“Esse ajuste é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, contou a Petrobras  em comunicado.

Foto: Pixabay.com

Já de acordo com a empresa Ticket Log, tanto o preço do etanol quanto o preço da gasolina sofreram aumentos em setembro. No primeiro caso, foi registrado um crescimento de 4,11% com relação ao mês de agosto. Já o segundo, cresceu 2,31%. O etanol está custando em média R$ 5,388 e a gasolina, R$ 6,260 (preço médio).

(Com informações da agência Reuters e da CNN Brasil)

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.

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