Porto Alegre tem mais de 6 mil carros abandonados em 10 anos; veja consequências
O número de carros abandonados é uma preocupação em grandes centros urbanos. Veja o cenário em Porto Alegre.
De acordo com dados do EPTC, a capital do Rio Grande do Sul registrou mais de 2,5 mil ocorrências de carros abandonados. Segundo o órgão, a ação dificulta a limpeza e conservação das ruas, entenda.
Carros abandonados: cidade de Porto Alegre registrou 6 mil casos em 10 anos
A cidade de Porto Alegre não é diferente de outros centros urbanos quando o assunto é a quantidade de carros abandonados. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação, a EPTC, a capital registrou mais de 6 mil casos em 10 anos.
De forma mais recente, o ano de 2019 registrou um total de 1.064 ocorrências de veículos abandonados pela cidade, dos quais 52 foram recolhidos pela empresa, enquanto 30 não configuraram situação de abandono e 982 foram recuperados ou retirados pelos proprietários.
Já em 2020, bem como em 2021, houve uma queda gradativa nas ocorrências. O fato pode ser explicado por se tratar de um período pandêmico. Houveram 853 ocorrências registradas na capital em 2020, sendo que desse total, 54 foram recolhidos pela EPTC e 770 foram retirados pelos donos.
Já em 2021 o número de ocorrências caiu para 634, e apenas 17 foram realmente removidos pela empresa encarregada do serviço, e 407 foram recuperados. Ainda do total de ocorrências de 2021, 122 ainda estão em processo de tramitação.
De acordo com a EPTC um veículo abandonado significa mais dificuldades em manter a limpeza e preservação da cidade. Além disso, a ação colabora para a proliferação de doenças, bem como serve de abrigo de usuários de drogas, por exemplo.
Outro fator destacado é que os carros abandonados também representam uma diminuição significativa no número de vagas disponíveis nas ruas, que poderiam ser utilizadas por outros motoristas.
Remoção do veículo é uma das últimas soluções
Ainda conforme explica a entidade, a remoção do veículo é feita em último caso, tendo em vista que a ação pode gerar custos para a empresa, como o guincho, por exemplo. Dessa forma, antes de uma remoção forçada, a empresa busca de todas as formas que o veículo seja removido ou resgatado pelo próprio proprietário.
“ A prioridade é entregar o carro e o cidadão dar a finalidade que melhor entender. O nosso agente tem o hábito de procurar o proprietário, o vizinho, o comércio da região para tentar identificar o dono e resolver. O relato que temos é de que a informação acaba chegando ao responsável” informa o coordenador de Inspeção Veicular da EPTC, Fábio Rodrigo Baum.
Sobre os veículos que não são retirados da via, a EPTC explica que nem todas as denúncias feitas caracterizam situação de abandono, dessa forma, os veículos não podem ser removidos. Na pandemia, por exemplo, o número de casos como esse aumentou.
“Na pandemia, houve denúncias de carros abandonados que estavam em bom estado, eram de pessoas que eventualmente tinham adoecido. O veículo precisa estar deteriorado, com pneu murcho, batido, sinaleiras quebradas ou abertos, o que leva ao uso para outras finalidades” finaliza o coordenador da EPTC.
Com informações: GZH
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.