Porsche Cayenne vai ser totalmente elétrico

Com lançamento previsto para 2026, o Porsche Cayenne totalmente elétrico fornecerá à marca alemã uma alternativa crucial de emissão zero.

Com lançamento previsto para 2026, cerca de dois anos após o Porsche Macan EV e um ano antes do novo SUV topo de linha K1, o elétrico Porsche Cayenne fornecerá à fabricante alemã uma alternativa crucial de emissão zero ao carro que sustentou a dramática trajetória de crescimento da marca nas últimas duas décadas.

O Cayenne EV – um nome oficial para o qual não foi confirmado – usará a mesma arquitetura da Plataforma Premium Elétrica (PPE) de seu irmão menor Macan e do Audi Q6 e-Tron, que será lançado até o final deste ano. As informações foram reveladas nesta semana pela tradicional revista britânica especializada Autocar.

Saiba mais sobre o Porsche Cayenne totalmente elétrico

Macan EV irá anteceder o Porsche Cayenne totalmente elétrico (Foto: Divulgação/Porsche)

Segundo a Autocar, o Porsche Cayenne está prestes a receber a mesma tecnologia avançada de vetorização de torque e funcionalidade de direção nas quatro rodas, em uma tentativa de levar parte da dinâmica de carros esportivos, marca registrada do modelo, para a era elétrica.

O novo Cayenne está sendo projetado para oferecer ritmo e funcionalidade absolutos em pé de igualdade com os EVs de ponta de hoje. Conforme relatado pela revista, as baterias de nova geração lançadas nos veículos elétricos (EVs) da Porsche poderão se dividir em duas metades para carregar com mais eficiência em um carregador de 400V, o que pode se traduzir em paradas mais curtas em dispositivos de carregamento mais comuns.

A potência é fornecida por um par de motores, um em cada eixo, oferecendo maior eficiência e densidade de potência do que os usados pelo Porsche Taycan de hoje.

O Macan elétrico será lançado com uma potência combinada de 603 cv e torque de 102 kgfm, dando-lhe substancialmente mais potência do que qualquer variante existente do Macan. Se isso for espelhado pelo Cayenne EV, seria consideravelmente mais potente do que o Cayenne S e GTS de hoje.

Porsche aposta em SUVs

Imagem renderizada do futuro Porsche K1 (Foto: Divulgação/Porsche)

A Porsche ainda não deu mais detalhes sobre o Cayenne elétrico, mas o modelo desempenhará um papel crucial na tentativa da empresa de fazer com que os veículos elétricos representem mais de 80% de suas vendas em 2030.

É provável que seja vendido – pelo menos inicialmente – junto com uma versão mais evoluída do Cayenne de combustão. Tal como acontece com o Macan EV, no entanto, é provável que o par esteja relacionado apenas no nome, com o modelo elétrico trazendo uma série de dicas de design específicas e uma silhueta alterada.

Nas últimas duas décadas, os modelos mais vendidos da Porsche foram o Cayenne e o Macan, graças a uma tendência crescente de compradores que desejam usufruir de desempenho com praticidade.

No ano passado, o Cayenne e o Macan foram novamente os dois carros mais bem sucedidos da Porsche, acumulando 95.604 e 86.724 unidades vendidas, respectivamente. Isso representou quase 59% de vendas anuais globais da marca, de 309.884 unidades.

A popularidade dos SUVs da Porsche impulsionou um enorme crescimento em regiões como os Estados Unidos e a China. Em 2022, os dois mercados representaram 55% das vendas globais da marca alemã.

Nas últimas duas décadas, os modelos mais vendidos da Porsche foram o Cayenne e o Macan, graças a uma tendência crescente de compradores que desejam misturar desempenho com praticidade.

Um novo SUV topo de linha está sendo criado para aproveitar esse sucesso, sendo os mercados chinês e estadunidense a chave para seu futuro. As vendas do novo K1 não devem atingir as alturas dos números do Cayenne em 2022, visto que terá um preço inicial significativamente mais alto.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

wpDiscuz
Sair da versão mobile