Polícia identifica cerca de R$ 20 milhões em peças de carros de origem ilegal; veja como identificar itens falsificados
Saiba quais foram os tipos de peças encontradas pela polícia
Uma operação conjunta do Detran-SP e da Polícia Civil paulista identificou, na última quinta-feira (23), quase R$ 20 milhões em peças ilegais no estoque de um estabelecimento comercial em Osasco. A seguir, o Garagem360 conta mais detalhes. Acompanhe!
Como a venda de peças ilegais foi descoberta pela polícia?
O estabelecimento, que é credenciado junto ao Detran paulista, passou por inspeção a partir de suspeita de irregularidades.
Essa desconfiança ficou ainda mais evidente porque os suspeitos compartilhavam anúncios na internet com autopeças para veículos importados.
O problema é que elas tinham um valor muito abaixo dos praticados na indústria automotiva.
De acordo com a Polícia Civil, a loja tinha um estoque de milhares de peças. No total, somente entre 2% a 5% eram regulares, ou seja, aptos para revenda.
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O que disse o Detran – SP?
“Esse tipo de empresa costuma oferecer produtos, presencialmente ou pela internet, com preços muito atrativos porque não os obtêm de forma lícita. As peças, muitas vezes, podem estar manchadas de sangue, sendo fruto de roubo, furto, latrocínio e outros tipos de crime”, destacou Rildison Marcos de Oliveira, Diretor Técnico de Fiscalização do Detran-SP, presente na operação.
Como funcionava o esquema de peças ilegais?
A maioria das peças tinha etiquetas falsas do Detran-SP e de marcas de autopeças, de acordo com a investigação. Foi revelado ainda que os códigos de barras tinham adulteração “grosseira”.
Entre as principais peças de veículos, destacam-se itens esportivos de luxo, como Ferrari, Porsche e Ford Mustang. Elas não tinham cadastro, documentação ou origem comprovada.
Até o momento, acredita-se que parte desses itens sejam chamados de “peças de sangue”. Isto é: aqueles elementos que foram provenientes de furto e que fortalecem a cadeia de crime.
Na operação, também foram encontrados peças proibidas pela legislação, como freios, amortecedores, airbags e motores que foram removidos de veículos sinistrados. E, por questões de segurança, eles não podem ser comercializados.
“A lei não permite a venda de ítens de segurança como cinto de segurança, freio, amortecedor, airbag, por desmanches. É um grande risco à segurança”, diz a delegada Leslie Caram Petrus, titular da primeira Divecar (Investigações sobre Roubo e Furto de Veículos). “Além disso, localizamos caixas de peças variadas vindas da China, junto a embalagens feitas em gráfica para acomodá-las e oferecê-las ao consumidor. Tudo sem nota fiscal.”
O que aconteceu com o estabelecimento?
Foi atuado pelo Detran-SP. A licença foi suspensa e os responsáveis responderão a processo administrativo e podem ser descredenciados do órgão.
Já o dono da loja foi detido e encaminhado à delegacia para depoimento. Ele responderá por contra as relações de consumo.
Agora, os peritos vão analisar a regularidade das peças apreendidas. O exame será feito em local apropriado, que é ligado à Polícia Civil.
Como denunciar a venda de peças ilegais?
Basta ligar no Disque Denúncia 181 ou pelo site www.webdenuncia.org.br. Os seus dados permanecem em sigilo.
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