Poli-USP projeta veículo urbano ultracompacto
A oferta de subcompactos aos poucos tem aumentado no Brasil. E pensando nisso, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), sob o comando do engenheiro Anderson Lima, tem trabalhado no desenvolvimento de um pequenino carro elétrico de apenas 2,60 m de comprimento, 1,65 m de altura, 1,25 m de largura e cerca de 500 quilos.
Apesar do baixo peso e do tamanho compacto, o veículo se mostrou seguro nos testes de segurança. “O projeto conseguiu atender os requisitos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), algo que nem mesmo modelos vendidos no Brasil são obrigados a cumprir”, afirma o professor Marcílio Alves, orientador do estudo.
Lima afirma que a pesquisa foi centrada em estudos estruturas e biomecânicos. “Isso era necessário porque testes internacionais mostram que em uma colisão, a uma velocidade de 56 km/h, a segurança seria crítica em um veículo tão compacto”, explica. Por ser projetado para trajetos urbanos e viagens curtas, o engenheiro realizou simulações computacionais de impacto frontal, utilizando a velocidade de 56 km/h como base. Também foram analisados os requisitos estruturais e biomecânicos de proteção dos ocupantes em caso de colisões laterais, traseiras e de capotamento.
Satisfeito com o resultado dos testes, o responsável pelo projeto celebra o fato de conseguir manter o baixo peso, mas com um nível de segurança satisfatório. “Provamos que é possível ter um carro leve que atenda às mais abrangentes normas”, concluiu. Apesar do sucesso, por enquanto o automóvel da Poli-USP se mantém restrito ao campo de pesquisa.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
