Pneus reformados são boas alternativas ao aumento de preços? Descubra

Pensa em usar pneus reformados em seu carro? Veja alguns detalhes do produto para entender as principais características dele.

Em tempos de altos preços, algumas alternativas para economizar parecem bem atrativas, mas será que os pneus reformados estão entre elas? Confira!

Pneus reformados: aderir ou não? (Foto: Divulgação)

Pneus reformados, usar ou não?

Os pneus são o item mais importante na segurança de um veículo, por serem diretamente responsáveis por fatores como aderência e distância de frenagem.

Porém, com a recente escassez de borracha no mundo, o preço de pneus novos disparou, fator que levou transportadoras e frotistas a apostarem ainda mais na reforma de pneus, para que assim, tenham alguma economia.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos (ABIDIP), o preço no mercado internacional de borracha, matéria-prima básica na fabricação de pneus, subiu mais de 100% em 2021, de US$2,5 mil por tonelada para US$ 5,4 mil.

Giulio Claro, diretor da NSA Pneutec, empresa especializada em reforma de pneus há 70 anos, explica que o profissional da reforma hoje possui grande importância junto à indústria de transportes.

“O reformador é um grande aliado da economia na conta final de pneus do frotista. O valor de uma reforma representa, em média, menos de 40% do valor da compra de um pneu novo, e com desempenho quilométrico igual ou superior quando comparado às marcas low price. Isso faz muita diferença”, comenta.

De acordo com a NSA, um pneu novo pode ter uma durabilidade similar ou até mesmo superior, caso o condutor realize a manutenção necessária e atue pela preservação. Esse fator, durabilidade, representa um grande benefício para o segmento de transportes.

Qual é a correta manutenção dos pneus reformados?

O pneu, como qualquer parte do veículo, requer cuidados de manutenção preventiva e corretiva, para que desempenhe o máximo do seu potencial, além de garantir a segurança de todos.

Para prolongar sua vida útil e atingir a máxima quilometragem possível para um pneu reformado, Giulio compartilha três dicas para os motoristas cuidarem melhor dos pneus no dia a dia:

  1. Fazer a conferência e correção da geometria do veículo (alinhamento e balanceamento);
  2. Calibrar para manter a pressão adequada do pneu, principalmente para suportar carga;
  3. Manter o emparelhamento dos pneus (mesma medida, altura, largura e desenho), para dividirem o peso, evitando fadiga das carcaças.

Uso dos pneus reformados é autorizado pelo Inmetro (Foto: Pixabay)

Outro ponto é que os pneus reformados precisam atender as normas de fiscalização do INMETRO, para não apresentarem riscos ao condutor.

A maioria dos pneus que apresentam anomalias antes de sua retirada do veículo tem como diagnósticos de defeitos ocasionados junto a carcaças, como pneus fatigados, baixa pressão por falta de checagem pelo condutor, dentre outras razões.

Ainda em dúvida? Veja prós e contras dos pneus reformados

No quesito vantagens, é importante destacar que trata-se de um produto aprovado pela Inmetro, ou seja, tem a segurança necessária para a rodagem. Além disso, ele pode custar entre 40% e 50% a menos no comparativo com um pneu novo.

Também deve entrar na conta o fator ecológico, uma vez que o a nova vida do material, garante que ela não seja descartado sem um novo uso.

Já na lista dos contras, a vida útil do pneu pode ter alterações de acordo com a qualidade da reforma, algo que pode diminuir em 15% a 30% o tempo de uso.

Porém, o desempenho também pode ser alterado conforme a qualidade da reforma. Nesse sentido, o uso na estrada pode inclusive gerar determinada instabilidade.

O especialista explica que a redução do desempenho está muito relacionada à qualidade da carcaça e aos cuidados que o motorista tem com a manutenção de seus pneus.

Ele inclusive ressalta que dependendo da reforma, os pneus novos podem apresentar vida útil maior.

“Alguns pneus novos apresentam desempenho na vida zero menor que a vida R1 (recapagem de 1ª vida). Esse fator se explica pela qualidade da banda de rodagem ou processos do reformador.

Vida útil dos produtos depende da qualidade da reforma (Foto: Pixabay)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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