PL propõe sensor de ponto cego obrigatório nos veículos fabricados

O projeto de lei nº 673/2022, em tramitação no Senado, propõe tornar obrigatório o sensor de ponto cego. Saiba como funciona o equipamento. 

O projeto de lei nº 673/2022, em tramitação no Senado Federal, propõe incluir como equipamento obrigatório nos veículos fabricados no País o sensor de colisão lateral. Mais conhecido como sensor de ponto cego, o equipamento permite a identificação de objetos – como carros, bicicletas e pedestres – que estejam ao redor do veículo numa situação em que o motorista tenha a visão bloqueada.  Veja em detalhes. 

Ilustrativa

Saiba mais sobre a proposta da obrigatoriedade do dispositivo veicular no Brasil

A autora do PL, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), argumenta que a proposta visa à diminuição dos acidentes de trânsito e que o equipamento não causará impactos significativos nos preços dos automóveis.

Seja no tráfego intenso das cidades ou em velocidades mais altas, como em estradas e rodovias, as manobras de ultrapassagem e mudança de faixa exigem atenção redobrada do motorista para evitar acidentes. As colunas traseiras dos veículos, os encostos de bancos e outras partes da própria estrutura dos carros geram pontos cegos.

Mesmo com o ajuste correto dos espelhos retrovisores e a adoção de uma posição correta ao volante, os riscos de acidentes ainda são grandes nessas situações.

(Foto: Pixabay)

Veja como funciona o sensor de ponto cego

O sensor de ponto cego é o dispositivo que busca auxiliar o motorista na identificação de veículos ou pedestres nas laterais traseiras do carro, dentro do campo limitado ou de obstrução da visão.

O dispositivo funciona basicamente por sensores de pulsos ultrassônicos ou radares de proximidade. Tais sensores emitem ondas em todas as direções e, ao receber retorno, informam aos sistemas eletrônicos para processamento e acionamento dos alertas ao motorista.

Alguns sistemas conseguem realizar não apenas a identificação de objetos no entorno do veículo, como também são capazes de considerar a velocidade e a proximidade entre os veículos ou entre  veículo e pedestre, bicicleta ou outro objeto.

Ao analisar essas variáveis, o equipamento alerta o motorista – mas somente em casos em que haja risco iminente para a mudança de faixa.

Sistemas mais sofisticados incluem câmeras auxiliares controladas por software de reconhecimento de elementos no exterior do carro  – como pessoas, veículos ou objetos –, sendo capaz de diferenciá-los e avisar o motorista quando necessário.

Esse aviso pode ser dado tanto por meio de luzes de LED instaladas nos retrovisores externos como por luzes no painel ou na coluna traseira do veículo.

(Foto: Um Como)

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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