Petrobras se manifesta sobre impactos do reajustes dos combustíveis
Impactos do reajustes dos combustíveis: após reajustar preço da gasolina (18%) e do diesel (25%), Petrobras declarou ter “sensibilidade”. Entenda!
Após colocar em prática, na semana passada, aumentos de preços da ordem de 18% no preço da gasolina, de 25%, para o diesel, e de 7,2% para o gás de cozinha, a Petrobras quebrou o silêncio nesta sexta-feira (18), e declarou ter “sensibilidade” em relação aos Impactos do reajustes dos combustíveis na sociedade. Veja!
Petrobras se manifesta
“A Petrobras tem sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade e mantém monitoramento diário do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade, não podendo antecipar decisões sobre manutenção ou ajustes de preços”, afirma a companhia em comunicado.
Mudança de cenário levou ao aumento dos preços
A companhia ressalta que as decisões de reajustes seguem o mercado internacional, com aumento na demanda por combustíveis no mundo e das incertezas decorrentes da Covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Segundo a estatal, a decisão, em um primeiro momento, foi a de não repassar o aumento dos preços internacionais. Porém, o cenário mudou em março.
“Os valores aplicados naquele momento, apesar de relevantes, refletiam somente parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia”, diz a nota.
Estatal enxerga “ambiente de muita incerteza” e continua nota em relação aos impactos do reajustes dos combustíveis no bolso do brasileiro
A empresa estatal também ressalta que não pode antecipar futuras alterações nos preços dos combustíveis. No comunicado, a Petrobras diz que “para assegurar a normalidade do abastecimento e mitigar riscos de falta de produto” existe a necessidade de os preços no Brasil permanecerem alinhados ao mercado global.
“Seguimos em ambiente de muita incerteza, com aumento na demanda por combustíveis no mundo”, afirma. A companhia afirma que a oferta de petróleo está sendo afetada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia,com impacto sobre a oferta da commodity, “gerando uma competição no mundo pelo fornecimento de produtos”.
Aumento do diesel gera efeito cascata
O reajuste de 25% no diesel afetou com força o setor de transporte, piorado uma situação que já era crítica. Restou aos transportadores a alternativa de repassar o aumento de custos para a economia em geral, reajustando os fretes em até 29%.
Há poucos dias, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte da NT&C Logística (Conet) manifestou-se por meio de nota e ressaltou a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte devido à alta do combustível, em especial, do diesel.
E, como era de se esperar, quem vai pagar a conta é o consumidor, visto que as empresas de transporte repassarão para a indústria e para o comércio a alta do custo de transporte. E esses, por consequência, vão reajustar todas as mercadorias em circulação.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.