Por mais que a adoção de novas tecnologias seja responsável por tornar os veículos mais eficientes e econômicos, a popularização dos SUVs, carros que consomem mais, faz com que a frota brasileira não acompanhe o processo no mesmo nível, uma vez que a categoria é conhecida por ser mais “beberrona”.
Nova tendência são carros que consomem mais combustível
De acordo com um levantamento da empresa de consultoria Bright Consulting, os veículos atingiram novos índices positivos de eficiência energética, ou seja, ficaram mais econômicos em termos de consumo de combustível.
Os hatches, por exemplo, ficaram 9,4% mais eficientes desde 2015, enquanto os sedãs anotaram melhora de 13,7%, 15% entre os SUVs e 10,2% entre as picapes.
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Porém, apesar da melhora geral entre as categorias, a frota brasileira não necessariamente acompanha a nova evolução, uma vez que a maior procura do consumidor por SUVs, fez com que veículos menos econômicos em termos de consumo de combustíveis estejam em constante crescimento e com maior participação entre os mais vendidos.
Ainda de acordo com a consultoria, a demanda por utilitários esportivos mais do que dobrou nos últimos sete anos. Outra categoria que tem registrado crescimento constante e que também não é um sinônimo de eficiência energética é a de picapes.
Em paralelo ao crescimento dos veículos de motorização mais potente, maior porte e capacidade, os veículos menores, mais compactos e consequentemente mais econômicos, perderam participação de mercado, como é o casos dos hatches e sedãs.
Os dados da pesquisa apontam que os hatches, compactos que anteriormente representavam mais da metade dos veículos mais vendidos, hoje possuem uma participação de mercado de apenas 23%.
“A forte mudança de mix nas vendas dos hatches e sedãs, que detêm maior eficiência energética, para veículos com menor eficiência mascarou os dados para toda a frota e os avanços foram alcançados por meio de melhorias pontuais dentro de cada categoria.” Ressalta Murilo Briganti, da Brigth Consulting.
Ele também afirma que “resultados em análises de emissões e consumo são fortemente influenciados pelo volume de vendas, pelas tecnologias utilizadas e pela carroceria do veículo em questão – maior massa, maior área de sombra e mais potência tendem a gerar maior emissão e consumo.”
O estudo da consultoria revela um aumento de 4% na eficiência energética no total da frota brasileira, mesmo com a maior introdução de carros mais pesados, maiores e potentes.
Por que os SUVs são menos econômicos?
Os utilitários esportivos exigem um maior consumo de combustível por um conjunto de fatores. Entre eles está o maior peso da carroceria maior e mais robusta. Além disso, o coeficiente aerodinâmico da categoria também é menor no comparativo com as demais categorias.
Porém, a adoção de novas tecnologias, como a introdução de motor 1.0 turbo ao invés de propulsores de maior cilindrada e aspirados são um dos responsáveis por avanços na eficiência energética.
