Pesquisa revela: Carregadores de carros elétricos podem poluir mais que postos de gasolina
Descubra por que, segundo um estudo da UCLA, alguns carregadores rápidos de veículos elétricos em Los Angeles estão gerando mais poluição particulada do que postos de gasolina. Saiba qual é o culpado e quais as soluções para o problema.
Um estudo recente da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) revelou um problema inesperado: em alguns casos, carregadores rápidos de veículos elétricos em Los Angeles geram 16 vezes mais poluição particulada do que postos de gasolina próximos. A ironia da descoberta levanta questionamentos sobre a infraestrutura de recarga, essencial para a transição energética global.
Carregadores de carros elétricos podem poluir mais que postos de gasolina
O estudo, realizado com 50 pontos de recarga e postos de gasolina na cidade, apontou que o grande vilão não são os carros elétricos em si, mas sim os ventiladores de resfriamento dos carregadores rápidos.
Esses ventiladores, ao operarem em alta potência, levantam poeira, resíduos de freio e outras partículas finas do solo. A pesquisa mostrou que, em alguns casos, os níveis de material particulado fino (PM2.5) chegaram a 200 microgramas por metro cúbico, um índice significativamente mais alto que o registrado em postos de combustível (cerca de 12 µg/m³).
O material particulado fino é um poluente atmosférico que pode causar doenças cardíacas, asma e outros problemas respiratórios. Isso significa que, para quem fica parado ao lado do carregador durante o abastecimento, pode haver riscos para a saúde, especialmente para grupos sensíveis.
Soluções simples e um futuro mais limpo
Apesar do problema, a notícia não é um desastre para o futuro da mobilidade elétrica. Os pesquisadores da UCLA sugerem que a solução é relativamente simples. Ações como a instalação de filtros nos ventiladores ou a elevação das saídas de ar dos carregadores para evitar que a poeira seja soprada diretamente para a área de respiração das pessoas podem resolver o problema.
A descoberta, no entanto, é um lembrete importante de que a “limpeza” do transporte vai além do escapamento zero. É preciso que todo o ecossistema — da geração de energia à infraestrutura de carregamento — seja pensado de forma inteligente para minimizar os impactos ambientais.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.