Pedágio Free Flow: por que tecnologia ainda é polêmica e tem pouco espaço no Brasil?

Pedágio Free Flow: especialista explica os motivos pelos quais o novo sistema de cobrança ainda não conquistou os brasileiros!

O pedágio Free Flow, aquele sistema de cobrança sem as praças físicas, ainda enfrenta diversos obstáculos. Entre eles: desafios de compreensão e aceitação no país. Logo abaixo, o Garagem360 traz mais detalhes desse cenário. Acompanhe! 

Por que o pedágio Free Flow ainda não vingou no Brasil? 

Foto: Divulgação/CCR
Foto: Divulgação/CCR

Kassio Seefeld, CEO da TruckPag, explica que a falta de familiaridade do público com o Free Flow ainda é um fator crucial para a aceitação da tecnologia no Brasil. 

 O conceito de um pedágio sem cancela ainda é pouco compreendido pelos motoristas brasileiros, que podem ter dúvidas sobre como o sistema funciona, se serão cobrados corretamente e como proceder em caso de problemas.

Nas frotas pesadas, essa falta de conhecimento gera resistência, uma vez que os condutores e transportadoras têm receio de confiar em uma tecnologia nova e não testada amplamente no país”, destaca Kassio Seefeld, CEO da TruckPag. 

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Foto: Lucas Barroso/Ascom Separ
Foto: Lucas Barroso/Ascom Separ

Esse problema é ainda mais evidente em rodovias de menor tráfego ou naquelas regiões que a arrecadação não justifica o dinheiro investido.  

“A implementação do free flow requer um investimento inicial em infraestrutura. Isso inclui a instalação de sistemas de leitura de placas, câmeras, sensores e tecnologias de comunicação avançadas para garantir que todos os veículos sejam identificados corretamente ao passarem pelos pontos de cobrança”, destaca Seefeld.

Risco de inadimplência é outro vilão do pedágio Free Flow

No pedágio tradicional, o pagamento é feito de forma imediata, uma vez que as cancelas ajudam nesse controle. Já no free flow, o pagamento é feito posteriormente, seja por meio de boleto ou tags

Segundo a CCR RioSP, rodovia pioneira na implementação do Free Flow em solo brasileiro, a inadimplência em março fechou em 8,8%.

“À medida que mais testes forem realizados e o sistema for se adaptando à realidade brasileira, é possível que essa tecnologia ganhe mais espaço para as frotas pesadas e, eventualmente, também se torne uma parte integral do sistema rodoviário do país. Contudo, no Brasil, especialmente os processos legislativos tendem a ser burocráticos e demorados, o que retarda a adoção de novas tecnologias” completa o CEO da TruckPag.

E para você, por que o pedágio Free Flow ainda não teve um bom desempenho no Brasil? Comente! 

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Matheus Azevedo
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