Paralisação na fábrica da GM: suspensão do turno de produção da S10
Paralisação das fábricas: GM suspende turno de produção da picape S10. Confira também o atual cenário brasileiro da indústria automotiva
A GM anunciou que irá paralisar o 2 º turno de sua fábrica localizada em São José dos Campos (SP), a partir da próxima segunda-feira (08/11). Assim como a paralisação das fábricas de diversas montadoras automotivas no Brasil e no mundo, o motivo é a falta mundial de semicondutores.
O turno que entrará em suspensão se trata do que é responsável pela produção da picape Chevrolet S10. Saiba mais!
Paralisação na fábrica da GM: empresa suspende 2º turno da produção da Chevrolet S10
De acordo com a montadora, a suspensão dos trabalhos se dá devido à falta mundial de semicondutores. Além disso, a GM ressaltou que a paralisação será realizada por meio de lay-off, ou seja, uma suspensão temporária dos contratos de trabalho.
Vale ressaltar que a proposta da GM foi aprovada em assembleia realizada na última sexta-feira (29/10), no pátio da empresa. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os contratos de cerca de 700 trabalhadores da fábrica ficarão suspensos por um período que irá de dois a cinco meses.
A fábrica da GM em São José conta com aproximadamente 3.800 trabalhadores. Além da S10, a unidade fabril também é responsável pelo modelo Chevrolet Trailblazer.
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Assim, com o lay-off, a fábrica da GM de São José dos Campos mantém os recolhimentos ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Também, estudar pagar um complemento, mas sem natureza salarial. Além disso, vale ressaltar que parte dos salários é pago com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
O acordo formalizado entre a montadora e os metalúrgicos (por meio do sindicato da categoria) ainda prevê que os trabalhadores continuem recebendo o valor correspondente aos seus salários líquidos. Ou seja, de forma combinada com o complemento e o recurso do FAT – o que resulta praticamente na mesma remuneração atual.
Também, a GM afirmou por meio de nota à imprensa que os trabalhadores em lay-off não serão demitidos. Assim, a estabilidade desses emprego foram alguns dos pontos das negociações entre sindicato x GM.
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“Sem essa conquista, certamente haveria demissões na fábrica. Diante da crise, toda negociação tem de vir condicionada à estabilidade dos empregos“, disse o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano, em nota oficial .
Paralisações no Brasil
Vale lembrar também que a indústria automotiva é uma das mais afetadas pela crise dos chips semicondutores. No Brasil, por exemplo, desde o início de 2021, diversas montadoras precisaram usar férias coletivas, licenças remuneradas e bancos de horas para adequar a produção à disponibilidade de componentes.
Jornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.