Para ficar de olho: 5 tendências da indústria automotiva para 2025
O setor automotivo está vivendo uma transformação sem precedentes, impulsionada por avanços tecnológicos e a crescente preocupação com a sustentabilidade. Prova disso, são essas 5 tendências da indústria automotiva que vão se popularizar em 2025.
Quais as tendências da indústria automotiva para 2025?
Segundo Julia Meinberg, o setor automotivo está se adaptando rapidamente às mudanças tecnológicas e ambientais. Isso quer dizer que as tendências futuras combinam inovações sustentáveis e conectividade inteligente.
“2025 será um ano marcante para a indústria. As montadoras que conseguirem equilibrar tecnologia, sustentabilidade e segurança terão um grande diferencial competitivo. Estamos entrando em uma nova era da mobilidade, onde os veículos serão cada vez mais conectados, eficientes e, acima de tudo, sustentáveis”, diz a especialista em tecnologia automotiva da dataRain, Julia Meinber
Ela toma com base os insights que obteve durante o evento Automotive Business Experience 2024 (ABX24).
1. Expansão da Eletrificação com Veículos Híbridos e Elétricos
Segundo Julia, a eletrificação será um dos pilares da evolução automotiva, impulsionada por programas como o MOVER. As montadoras atuantes no país já estão se movimentando para a produção de modelos como os híbridos-flex.
Stellantis já vai apresentar seus modelos bio hybrid Pulse e Fastback em novembro, enquanto Toyota e GM devem também preparam carros híbridos-flex para 2026.
“A eletrificação está deixando de ser uma tendência e se consolidando como uma realidade. Nos próximos anos, veremos um aumento significativo na oferta de modelos elétricos e híbridos, especialmente no mercado brasileiro, que busca se posicionar como referência em sustentabilidade automotiva”.
2. Integração de Inteligência Artificial para Direção Autônoma
A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando a forma como dirigimos e vai continuar transformando os veículos, permitindo que os automóveis realizem manobras complexas e tomem decisões autônomas por meio de algoritmos de aprendizado profundo.
“A condução autônoma já está mais perto do que muitos imaginam. A chave será integrar essas novas funcionalidades de maneira acessível e ética, priorizando a segurança dos passageiros e pedestres. É um enorme desafio técnico, mas também um passo essencial para a mobilidade do futuro”, comenta.
3. Desenvolvimento de Tecnologias de Propulsão Sustentável
Além da eletrificação, outras tecnologias de propulsão sustentável estão ganhando destaque. O uso de biocombustíveis avançados e células de combustível a hidrogênio são exemplos de alternativas promissoras que podem reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
“O Brasil possui uma vantagem com sua matriz energética diversificada. A expansão do uso de biocombustíveis e o investimento em hidrogênio verde poderão transformar o país em um hub de tecnologia automotiva sustentável nos próximos anos”.
4. Conectividade Veicular e Internet das Coisas (IoT)
A conectividade está transformando os veículos em dispositivos cada vez mais inteligentes, capazes de se comunicar com outros veículos, infraestruturas e dispositivos pessoais.
Isso tudo graças à evolução das redes 5G e a futura chegada do 6G, que ainda vai permitir um série de funcionalidades inovadoras, como diagnósticos preditivos, alertas de manutenção e atualizações de software remotas.
“A conectividade será o elo que unirá todas as outras inovações. Com o 5G, a troca de dados em tempo real tornará os veículos mais inteligentes e capazes de se adaptar às necessidades dos motoristas em diferentes contextos de trânsito e uso”, argumenta.
5. Baterias de Lítio: Nacionalização e Expansão da Produção
“O Brasil tem um enorme potencial para ser protagonista no mercado global de baterias de lítio, especialmente se conseguir alinhar incentivos governamentais e infraestrutura adequada. Isso garantirá maior segurança energética para o setor automotivo e fortalecerá a indústria local”, ressalta Julia.
Para ela, as baterias de lítio estão em franca expansão, com empresas como a BorgWarner e Moura investindo para desenvolver uma cadeia de produção brasileira, de modo a reduzir a dependência de componentes importados e aumentará a competitividade da produção nacional.
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