Para-brisa trincado: substituir ou reparar?

Rachaduras no para-brisa normalmente são causadas pela colisão de pedras ou outros objetos, e podem prejudicar a visão durante a condução. Dependendo do tamanho da trinca, é possível fazer apenas o reparo, serviço rápido e que acaba saindo mais barato do que a troca. O importante, nestes casos, é não deixar a peça danificada, pois de acordo com a resolução 216 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), isso é considerado infração grave, punida com multa de R$195,23 e cinco pontos na carteira de habilitação.

A legislação diz que a substituição é obrigatória quando os danos estão localizados na área crítica de visão do motorista ou a uma distância de 2,5 centímetros das bordas externas. Em outras partes do para-brisa, que é do tipo laminado, as trincas podem ser reparadas se forem menores do que 10 cm (carros de passeio) e 20 cm (caminhões). Os danos circulares são recuperáveis se tiverem até 4 cm.

Marcos Conteri, supervisor técnico da Carglass, explica que o vidro é formado por três camadas e, quando um objeto o atinge, acaba entrando ar nestas camadas, formando a trinca. “Com o tempo, a lesão acumula umidade e fragmentos, prejudicando cada vez mais a peça”, afirma o especialista. E ele acrescenta: “Se o motorista estiver na estrada e perceber que foi atingido, o ideal é que estacione em lugar seguro e cheque se tem condições de visibilidade para continuar dirigindo até uma oficina”.

Outra recomendação é colocar imediatamente um selo-reparo – as empresas de seguro quase sempre presenteiam seus clientes com este produto -, ou até mesmo um adesivo transparente, em cima da trinca, e pelo lado externo do vidro, para evitar a entrada de impurezas. Conteri ressalta que a ação é apenas preventiva e não impede o aumento da lesão, por isso, é importante procurar uma empresa especializada o mais rápido possível.

Na Carglass, que tem unidades no Brasil todo, o serviço de reparo custa cerca de R$ 120, independentemente do tamanho do carro, e demora cerca de 30 minutos para ser realizado – o preço da troca do para-brisa varia de acordo com o veículo. “Nestes casos, usamos um equipamento que remove todas as impurezas e a umidade da rachadura. Depois disso injetamos resina para fechá-la”, explica o supervisor técnico.

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Reparo do para-brisa é feita em cerca de uma hora

A Auto Vidros Gil,  de Guarulhos, na Grande São Paulo, também realiza este tipo de trabalho. Givanildo da Silva, gerente do local, conta que o valor cobrado para a restauração depende do tamanho de cada uma delas. “Normalmente, o reparo de um dano mínimo fica em torno de R$ 50, e leva de 30 minutos a uma hora para ser executado.” O preço da troca do para-brisa é informado sob consulta.

O profissional ressalta ainda a importância de uma avaliação prévia antes da execução dos serviços. “Assim é possível identificar a maneira correta de resolver o problema”, finaliza.

 

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Maria Beatriz Vaccari
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