O ano de 2021 encerrou de forma positiva para o segmento de carros elétricos, seja a nível global, ou nacional. A ação pode ser consequência da escassez de chips que atingiu a produção dos veículos a combustão no mercado como um todo. Entenda os detalhes dessa equação: pandemia, escassez de chips e carros elétricos
Venda de carros elétricos dobra em 2021
Segundo os dados da consultoria LMC Automotive, em 2021, a venda de carros elétricos aumentou para 4,5 milhões no mercado global, o que representa um percentual de 6,5% no total de vendas globais de carros e o triplo de participação no comparativo com 2019, ano anterior a pandemia.
Para método de comparação, em 2020, as vendas de veículos elétricos alcançaram 2,1 milhões de unidades, no mundo.
VEJA TAMBÉM
Por outro lado, as vendas gerais de carros de passageiros registraram cerca de 72 milhões de lotes de revendedores, enquanto em 2019, o valor superava os 80 milhões de veículos de passageiros.
Crise de chips impulsionou a venda de carros elétricos no mundo
O mercado automotivo presenciou durante o período de pandemia um cenário nada vantajoso: a escassez de semicondutores utilizados na produção dos veículos.
Inúmeras fábricas ao redor do mundo tiveram que paralisar a produção por falta de componentes automotivos. Por aqui, carros que antes eram entregues em até 15 dias após a compra, estavam com um tempo de espera de mais de três meses para que o comprador recebesse o veículo, no caso da Nova Fiat Strada, por exemplo.
Dessa forma, quem estava com a intenção de comprar um veículo em 2021, viu no segmento de carros elétricos uma oportunidade.
Segundo o relato do diretor de powertrain global LMC Automotive, Al Bedwell, à CNN, a falta dos componentes automotivos “ajudou perversamente” a aumentar as vendas de carros elétricos no mundo.
Sobre a falta dos semicondutores automotivos, ela está ligada à paralisação das fábricas responsáveis pela produção dos mesmos, devido às medidas de restrição instauradas durante os principais meses de pandemia. Dessa forma, as montadoras em toda a rede global se viram com a falta do material em estoque para continuar a linha de produção dos veículos.
Leia também: Tudo sobre o Fiat Mobi, Ficha Técnica, Preços e Mais!
O desenvolvimento dos veículos elétricos no Brasil
No Brasil, o cenário foi semelhante no comparativo com o restante do mundo. A crise dos componentes automotivos retraíram a produção dos veículos, o que impulsionou a venda tanto dos carros elétricos, quanto dos seminovos e usados.
Segundo os dados da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) o mercado automotivo brasileiro encerrou o ano com ligeira melhora na comparação com o crítico ano de 2020, mas ainda aquém do potencial de demanda interna e externa por autoveículos.
“A crise global de semicondutores provocou diversas paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos. Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, mas num grau inferior ao de 2021, o que projeta mais um degrau de recuperação”, afirmou o Presidente Luiz Carlos Moraes.
Com isso, o ano fechou com 2.248,3 mil unidades, alta de 11,6% sobre 2020. No ranking global de produtores, o Brasil retomou a oitava colocação perdida no ano anterior para a Espanha.
Em contrapartida, segundo o levantamento da ABVE, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o mercado de automóveis e comerciais leves eletrificados no Brasil apresentou em 2021 o melhor resultado da série histórica da Associação, com o recorde absoluto de 34.990 unidades vendidas.
Os números superaram todas as previsões da ABVE e representam um aumento de 77% sobre os 19.745 emplacamentos de 2020 e de 195% sobre os 11.858 de 2019.
Com informações: ABVE, Renavam, Anfavea e CNN
