Pagar pedágio com Pix: onde é possível e projetos que tramitam

Lançado em 16 de novembro de 2020, o Pix angariou uma rápida e enorme adesão dos brasileiros. Em setembro de 2021, segundo dados do Banco Central, as transações feitas por esse sistema de pagamentos instantâneos – mais de 1,6 bilhão – já superavam as realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somados.

Agora o Pix também começa a ganhar espaço nas rodovias do País, com muitas pessoas optando pelo seu uso no pagamento de pedágio. Confira quais Estados já autorizaram essa transação, pagar pedágio com Pix, e quem está em vias de permitir o Pix.

Foto: Governo do Estado de SP

Onde já é possível pagar pedágio com Pix

Por enquanto, já é possível pagar o pedágio por meio do Pix apenas nas rodovias estaduais do Mato Grosso e do Espírito Santo. 

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Além desses locais, lei aprovada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro no início de março disponibiliza o sistema nas estradas municipais cariocas. A nova norma atualiza a lei referente à cobrança de pedágios da Linha Amarela e do Corredor Presidente Tancredo Neves, que conecta os bairros de Curicica e Realengo.

Além do Pix, os cariocas poderão pagar os pedágios com cartões pré-pagos e NFC, bem como por aproximação de cartões de crédito e débito.

No Mato Grosso, é possível pagar qualquer pedágio rodoviário usando o Pix desde agosto de 2021, graças a uma lei que alterou a disciplina de cobrança em pontos das estradas estaduais. 

Já no Espírito Santo é possível fazer pagamentos em Pix em duas estradas: no pedágio da Terceira Ponte, em Vitória, e nas paradas da Rodovia do Sol, localizada em Guarapari, no sul do Estado. Também são aceitas cobranças em cartões de crédito e débito e via NFC

Foto: Terra

Projeto de lei no Senado prevê pagamento de vale-pedágio via Pix

Na esfera federal, um projeto de lei que tramita no Senado propõe incluir diversos meios digitais no pagamento em pedágios de rodovias federais. O texto prevê que concessionárias devem obrigatoriamente aceitar cartões de crédito, débito e a leitura de QR Code.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor desse projeto, diz que as concessionárias de pedágio ainda adotam a “prática arcaica de apenas aceitar o papel-moeda”. O parlamentar cita que isso leva à perda de tempo, e pode provocar “graves transtornos”, caso o motorista precise ir a uma cidade local para retirar dinheiro no período da noite, ou em caso de viagens com a família.

Outra proposta, de autoria do senador Wellington Fagundes (PT-MS), altera a lei do vale-pedágio obrigatório ao transporte rodoviário de carga para incluir o Pix. O projeto de lei prevê que a empresa forneça antecipadamente o benefício ao transportador, que pode escolher como será pago — incluindo as Tags para passar sem parar nos pedágios.

(Foto: EcoRodovias)

Projeto piloto em São Paulo

Em São Paulo, que possui a maior frota de veículos do Brasil, a agência estadual de Transporte (Artesp) instituiu um projeto-piloto com pagamento por cartão de crédito e débito por aproximação nas rodovias Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Sistema Anchieta-Imigrantes. Também está sendo avaliada a viabilidade de pagamento via Pix  em todas rodovias do Estado.

“Há estudos sobre a viabilidade do pagamento via Pix, considerando-se as dificuldades deste meio em função da prática em campo, nas estradas, como as de obtenção de sinal de internet, de confirmação imediata do pagamento realizado para pronta liberação da cancela e identificação do emissor e receptor do pagamento”, diz a agência reguladora, em comunicado.

A concessionária Ecovias – responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes – passou recentemente a aceitar o pagamento do pedágio por cartão de crédito e débito por aproximação. Hoje, a modalidade já representa 12,52% do total de veículos que passam pelas cabines de cobrança manual.

Já na Ecopistas, que aceita cartão nas rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, esse total é de 10% dos usuários. O sucesso da modalidade indica que, em breve, outras concessionárias adotarão sistema semelhante.

Illustrativa

Pagamento de pedágio com TAG

A TAG é um tipo de tecnologia bastante simples e prática, que funciona por meio de um dispositivo localizado no para-brisa do veículo. Essa “etiqueta” aciona um sistema de pagamento eletrônico quando o veículo passa pelo pedágio.

Para contratar o serviço, o motorista precisa apenas entrar em contato com uma empresa que o forneça.  Os planos de pagamento podem ser pré ou pós-pago. São várias as empresas que disponibilizam esse serviço ao longo do território nacional.

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(Foto: Pixabay)

Paulo Silveira Lima
Paulo Silveira LimaJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
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