Opinião: Verstappen conquista vitória maiúscula no bom GP da Áustria
Max Verstappen foi o grande nome do GP da Áustria deste fim de semana. Ele até saiu da segunda posição do grid de largada, mas fez uma péssima partida...
Max Verstappen foi o grande nome do GP da Áustria deste fim de semana. Ele até saiu da segunda posição do grid de largada, mas fez uma péssima partida, caiu para sétimo e precisou de muita vontade para terminar no lugar mais alto do pódio com sua Red Bull Honda. Pole position, Charles Leclerc foi o segundo com a Ferrari, enquanto que Valtteri Bottas foi o único piloto da Mercedes no pódio, em terceiro.
GP da Áustria: como foi
Leclerc mostrou novamente que nasceu para andar no pelotão da frente. Pole pela segunda vez na carreira, largou como gente grande e abriu boa vantagem logo de cara. A vacilada de Verstappen proporcionou algumas surpresas nos primeiros metros da corrida. Lando Norris largou bem e colocou sua McLaren em terceiro. Mesmo que tenha sido por pouco tempo — logo ele caiu para quinto — é bom ver a equipe inglesa se recuperando.
A Alfa Romeo também fez um bom início de prova, com Kimi Räikkönen andando em quarto logo após a largada. Um pouco mais atrás, Sebastian Vettel foi subindo o pelotão depois de sair da nona colocação.
Roteiro alterado
Tudo parecia caminhar bem para Leclerc, que conseguiu abrir um bom espaço de Bottas e impunha um bom ritmo de corrida. Porém, o monegasco foi o único ponteiro a largar com pneus macios. Bottas e Verstappen, por exemplo, partiram com pneus médios. Mas foi justamente o finlandês da Mercedes quem abriu a janela de paradas dos líderes na volta 21. Vettel também entrou, só que a Ferrari errou e não estava pronta, fazendo com que o alemão perdesse tempo. Apesar do contratempo, o tetracampeão calçou os mesmos compostos duros do rival prateado.
No giro seguinte foi a vez de Leclerc parar. Ele também apostou nos pneus mais duros do final de semana, mas não teve nenhuma intercorrência em sua parada. Enquanto isso, Hamilton, em uma corrida apagada, e Verstappen, em franca recuperação, seguiram na pista. O inglês fez seu pitstop na volta 30, mas precisou trocar o bico de sua Mercedes. Max entrou nos boxes na volta 32 e iniciou sua caçada ao líderes.
Gato e rato
O ritmo alucinado do piloto holandês fez com que ele encostasse em Vettel, então terceiro colocado. Max fez a ultrapassagem na volta 50, mas queria mais. Seis voltas depois, outra vítima. Bottas não resistiu e também foi superado, perdendo o segundo lugar. Naquela altura, restavam 15 voltas para o final. O piloto da Red Bull tinha pneus 10 voltas mais novos que os do líder Leclerc. Era questão de tempo.
A vantagem do piloto da Ferrari desapareceu na volta 67. Um giro depois e os ataques começaram, com Max e Charles disputando curva a curva. Com as borrachas desgastas, Leclerc sucumbiu no 69º giro e foi superado por Verstappen. Os dois chegaram a se tocar e o lance foi investigado. Pelo bem do automobilismo, nenhuma punição foi dada e o resultado em pista prevaleceu.
Melhor do ano
Se o GP da França gerou críticas e pedidos por mudanças, o GP da Áustria provou que a Fórmula 1 consegue ser competitiva. A vitória de Verstappen interrompeu uma sequência de 10 triunfos consecutivos da Mercedes — somando as duas últimas provas de 2018 e as oito primeiras de 2019. Também foi a primeira vitória de um motor Honda desde 2006, quando Jenson Button venceu o GP da Hungria.
Outra efeméride: é a primeira vez que um propulsor turbo da marca japonesa vence na F1 desde 1988, quando Alain Prost triunfou no GP da Austrália daquele ano com sua McLaren, na última corrida da temporada. Entre 1989 e 2013, somente motores aspirados foram permitidos na categoria, com os turbos voltando em 2014.
De volta à corrida, é importante destacar a boa prova da McLaren. Norris terminou em um bom 6º lugar, enquanto que Carlos Sainz foi o 8º, mesmo após sair de 19º. Outro destaque foi o italiano Antonio Giovinazzi, que levou sua Alfa Romeo ao 10º lugar e marcou seu primeiro ponto na F1, embora tenha perdido um pouco de seu cabelo na comemoração pelo resultado.
Abaixo, confira como ficou a classificação final da prova austríaca.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.