Opinião: Hamilton vence GP do Japão, vê Vettel abandonar e pode ser campeão já na próxima corrida
Lewis Hamilton viveu um final de semana dos sonhos durante o GP do Japão. O inglês fez a pole no sábado, venceu no domingo e ainda viu Vettel abandonar.
Lewis Hamilton viveu um final de semana dos sonhos durante o GP do Japão. O inglês fez a pole no sábado, venceu no domingo e ainda viu Sebastian Vettel abandonar logo no começo da prova. Com isso, o piloto da Mercedes abriu 59 pontos de vantagem em relação ao ferrarista.
A vantagem de Lewis é tão grande que o britânico pode ser campeão na próxima corrida, que será disputada nos Estados Unidos. Para que isso aconteça, basta o líder do campeonato vencer e torcer para que Vettel seja, no máximo, sexto colocado. Levando em consideração as quebras frequentes da Ferrari, não chega a ser um cenário improvável.
A ascensão da Red Bull também joga contra o vice-líder. Na Malásia, Verstappen venceu de forma autoritária e Ricciardo foi terceiro. No Japão, novo pódio da dupla, com o Daniel repetindo a posição da prova anterior, enquanto que Max foi o segundo.
Ferrari desmorona
Até o GP da Itália o campeonato seguia equilibrado. A dobradinha dos carros prateados na casa da equipe vermelha não chegou a ser surpreendente, por conta da enorme vantagem que os motores germânicos têm em pistas de alta velocidade. Porém, os dois próximos circuitos eram favoráveis à Ferrari, por conta dos traçados mais sinuosos.
O que representava, na teoria, uma vantagem para Vettel se transformou em um pesadelo sem tamanho. A batida seguida de abandono do alemão em Singapura e a falha do motor na Malásia praticamente tiraram o tetracampeão da disputa. Agora, com a falha em uma vela que culminou com mais um abandono no Japão, somente um milagre trará o quarto título para Sebastian.
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Em três corridas a Ferrari desperdiçou a maior chance de voltar a ter um piloto campeão depois de 10 anos. O último campeão foi Kimi Raikkonen com a virada épica em 2007. No ano seguinte, a falta de confiabilidade do motor no GP da Hungria somada aos erros de Felipe Massa no começo da temporada, além dos eventos no GP de Singapura, fez o piloto brasileiro perder o título na última curva de Interlagos.
Em 2010 e 2012, Fernando Alonso lutou com o próprio Vettel, então na Red Bull, para tentar conquistar seu sonhado tricampeonato. Bateu na trave nas duas ocasiões, mas a diferença é que a equipe italiana não tinha o melhor carro nessas duas temporadas. Em 2017 isso é diferente. Se a Ferrari não é a equipe referência, ao menos consegue bater de frente com os carros da Mercedes, coisa que ninguém tinha conseguido desde 2014.
Faltando apenas quatro corridas é mais fácil os italianos lamberem as feridas e focarem na próxima temporada. Cabe a Vettel tentar fazer sua parte, já que ainda tem 100 pontos em disputa, mas o próprio alemão sabe que sua missão é praticamente impossível.
Para bater uma equipe que beira a perfeição não basta somente um bom carro. É preciso também sorte, algo que sempre acompanha os campeões da categoria. Em 2017, a sorte parece estar ao lado de Hamilton, mas ela já sorriu muito para Sebastian. Somente um pode ser campeão e, neste ano, Lewis já tem oito dedos e meio na taça.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.