Opinião: Fórmula 1 vive temporada equilibrada e tem Lewis Hamilton como favorito ao título
Após uma maratona de cinco provas disputadas em seis finais de semana, os pilotos da Fórmula 1 terão três semanas de merecidas férias.
Após uma maratona de cinco provas disputadas em seis finais de semana, os pilotos da Fórmula 1 terão três semanas de merecidas férias. O GP da Hungria neste final de semana encerou a primeira parte da temporada com mais uma vitória de Lewis Hamilton, que vai descansar com uma boa vantagem na ponta da tabela. Com o triunfo, o britânico é o líder com 213 pontos, contra 189 de Sebastian Vettel, que também ficou em segundo na corrida húngara.
Assim como em 2017, Ferrari e Mercedes seguem disputando ponto a ponto. O equilíbrio prevaleceu nesta primeira metade do campeonato, mas deixou claro que Hamilton e Vettel são os favoritos para o título de pilotos. Até aqui são cinco vitórias do inglês, contra quatro do alemão. Se Sebastian não tivesse errado e batido no GP da Alemanha, o cenário poderia ser diferente.
Inclusive, esta temporada tem sido marcada por alguns erros bobos do tetracampeão da Ferrari. Além de ter perdido uma corrida praticamente ganha em sua própria casa, Vettel jogou qualquer chance que tinha na França ao colidir com Bottas na primeira volta. No Azerbaijão, também errou e colidiu com o finlandês da Mercedes. Se quiser ser pentacampeão neste ano, o piloto germânico precisa colocar a cabeça no lugar, já que tem um carro competitivo e parelho com o do time prateado.
Hamilton motivado
O temporal que caiu na pista da Hungria no sábado foi equivalente ao que Hamilton fez na pista. Sua pole foi fundamental para a vitória de ontem, em uma pista difícil de ultrapassar, mas que não casa muito com o carro de sua equipe. Mesmo assim, o inglês foi soberano e não deu chances para a concorrência. Isso mostra que Hamilton está em uma grande fase, principalmente depois da vitória improvável na Alemanha, quando saiu do 14º lugar.
E quando o britânico está nesse nível de concentração, é difícil superá-lo. Foi justamente isso que faltou para ele em 2016, quando achou que poderia derrotar Rosberg a qualquer momento. Mesmo com o alemão não sendo perfeito naquele ano, conseguiu derrotar Lewis e conquistar seu sonhado título mundial. Desde 2017, porém, Hamilton está mais focado e tem conseguido uma boa vantagem na liderança deste ano. Por isso, é o grande favorito ao pentacampeonato.
Se Vettel quiser inverter este quadro, vai precisar olhar para suas grandes viradas em 2010 e 2012, quando venceu os campeonatos mesmo oscilando muito. Em ambos o título só foi possível por causa de uma segunda metade irretocável. É exatamente disso que ele precisa para encerrar seu jejum de conquistas e o da Ferrari.
Como o circo da Fórmula 1 vai entrar em férias, a próxima corrida será apenas em 26 de agosto. Na Bélgica, no famoso traçado de Spa-Francorchamps, a tendência é que os carros da Mercedes tenham vantagem. Mais um desafio que Vettel precisará superar para tentar seu quinto título.
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Por falar em Fórmula 1, a categoria já teve muitos patrocínios bizarros. Relembre alguns na galeria especial do Garagem360.
Relembre patrocínios bizarros da Fórmula 1 – Entre 1976 e 1977 a equipe Hesketh Racing exibiu em seus carros a garota que era símbolo da revista Penthouse, concorrente da Playboy nos Estados Unidos e Inglaterra |Foto: Ben Sutherland on Visualhunt.com / CC BY
Entre 1976 e 1977 a equipe Hesketh Racing exibiu em seus carros a garota que era símbolo da revista Penthouse, concorrente da Playboy nos Estados Unidos e Inglaterra |Foto: Lav Ulv on Visualhunt / CC BY
Por mais que Durex seja associado à fita adesiva no Brasil, a marca é mais conhecida no exterior pela fabricação de preservativos, tendo patrocinado a Surtess em 1976 |Foto: Gillfoto on Visual hunt / CC BY-NC-SA
Por mais que Durex seja associado à fita adesiva no Brasil, a marca é mais conhecida no exterior pela fabricação de preservativos, tendo patrocinado a Surtess em 1976 |Foto: Dave Hamster on VisualHunt.com / CC BY
A equipe Merzario teve uma grande ideia em 1979 e fechou o patrocínio com uma funerária. Isso em uma das épocas mais perigosas da F1|Foto: Reprodução/Pinterest
Em 1981, Slim Borgudd, baterista da banda ABBA, conseguiu uma vaga de piloto na equipe ATS. Por conta disso, estampou o nome do conjunto na lataria de seu bólido |Foto: Reprodução/Pinterest
Em 1981, Slim Borgudd, baterista da banda ABBA, conseguiu uma vaga de piloto na equipe ATS. Por conta disso, estampou o nome do conjunto na lataria de seu bólido|Foto: Reprodução/Pinterest
A Fórmula 1 visitou o leste europeu pela primeira vez apenas em 1986, para o primeiro GP da Hungria. Na época, a equipe Zakspeed era patrocinada pela West, que nada mais é que oeste em inglês. Como homenagem, a marca escreveu East (leste) em um dos carros da equipe |Foto: DonDahlmann on Visualhunt.com / CC BY-NC-ND
No começo dos anos 1990, a Sega lançou seu principal mascote, o Sonic. Por ser o ouriço mais rápido do mundo, nada mais justo que colocá-lo para “acelerar” o melhor carro da época, o Williams FW15C de 1993, que deu o quarto título mundial para Alain Prost| Foto: Karting Nord on Visualhunt / CC BY-SA
No começo dos anos 1990, a Sega lançou seu principal mascote, o Sonic. Por ser o ouriço mais rápido do mundo, nada mais justo que colocá-lo para “acelerar” o melhor carro da época, o Williams FW15C de 1993, que deu o quarto título mundial para Alain Prost||Foto: Karting Nord on VisualHunt.com / CC BY-SA
A Simtek foi uma equipe pequena que durou pouco, mas que ficou marcada pela morte de Roland Ratzenberger no GP de Ímola de 1994. Porém, a escuderia também teve alguns patrocínios diferentes. O restaurante Fogo de Chão exibiu sua marca na asa traseira durante o GP Brasil. Tudo para bancar a comida da equipe. Já a saudosa MTV era a principal patrocinadora do time |Foto: Karting Nord on Visualhunt / CC BY-SA
A Simtek foi uma equipe pequena que durou pouco, mas que ficou marcada pela morte de Roland Ratzenberger no GP de Ímola de 1994. Porém, a escuderia também teve alguns patrocínios diferentes. O restaurante Fogo de Chão exibiu sua marca na asa traseira durante o GP Brasil. Tudo para bancar a comida da equipe. Já a saudosa MTV era a principal patrocinadora do time |Foto: Karting Nord on Visual Hunt / CC BY-SA
Já distante de seu passado vitorioso, a Tyrrel exibiu a marca do seriado Xena: a Princesa Guerreira em 1997. |Foto: Reprodução/Pinterest
A BAR entrou para a F1 em 1999. Por ser de uma empresa tabagista, sua ideia era exibir uma marca de cigarro em cada carro. Quem não gostou da ideia foi a FIA, que frustou os planos da equipe. Sendo assim, eles tiveram uma ideia ainda mais criativa |Foto: Reprodução/Pinterest
No último ano de existência da Jaguar, a equipe exibiu um patrocínio do filme 12 Homens e Outro Segredo durante o GP de Mônaco de 2004. O problema é que alguém achou que era uma boa ideia colocar um diamante de US$ 200 mil no bico de um dos carros da equipe. Na corrida, o bólido estampou o muro e a joia se perdeu para sempre |Foto: Reprodução/Pinterest
No último ano de existência da Jaguar, a equipe exibiu um patrocinio do filme 12 Homens e Outro Segredo durante o GP de Mônaco de 2004. O problema é que alguém achou que era uma boa ideia colocar um diamante de US$ 200 mil no bico de um dos carros da equipe. Na corrida, o bólido estampou o muro e a joia se perdeu para sempre |Foto: Reprodução/Pinterest
Um ano depois, em 2005, a Red Bull já havia comprado a Jaguar, porém a equipe contou com o patrocínio do filme Star Wars: Episódio III – a vingança dos Siht. Até os mecânicos precisaram entrar na onda e se vestiram como stormtroopers |Foto: Reprodução/Pinterest
Um ano depois, em 2005, a Red Bull já havia comprado a Jaguar, porém a equipe contou com o patrocínio do filme Star Wars: Episódio III – a vingança dos Siht. Até os mecânicos precisaram entrar na onda e se vestiram como stormtroopers |Foto: Reprodução/Pinterest
Em 2006, outro filme patrocinou a Red Bull no GP de Mônaco. Dessa vez o escolhido foi Superman-Returns, que cedeu até as capas do homem de aço para os pilotos |Foto: Reprodução/Pinterest
Na corrida, David Coulthard conseguiu ficar em terceiro e foi ao pódio monegasco com capa e tudo |Foto: Reprodução/Pinterest
No caso da Honda, em 2007, foi a falta de patrocínios que roubou a cena. Com a ideia de divulgar uma mensagem sobre a preservação ambiental, a equipe estampou um globo terrestre em seu carro – que não tinha nada de ecológico, inclusive. Visualmente, o resultado não foi o melhor, principalmente por conta da traseira preta |Foto: gabif1fan on VisualHunt.com / CC BY-NC-ND
No caso da Honda, em 2007, foi a falta de patrocínios que roubou a cena. Com a ideia de divulgar uma mensagem sobre a preservação ambiental, a equipe estampou um globo terrestre em seu carro – que não tinha nada de ecológico, inclusive. Visualmente, o resultado não foi o melhor, principalmente por conta da traseira preta |Foto: ph-stop on VisualHunt.com / CC BY-SA
Para 2008, a Honda trouxe de volta a mensagem ambiental, mas dessa vez um pouco mais harmônico |Foto: jiazi on VisualHunt / CC BY-SA
Também em 2008, a Force India estreava na categoria. A questão é que o patrocínio da Kingfisher era o famoso 2 por 1. O nome pode ser associado à uma companhia aérea ou à uma marca de cerveja |Foto: fox2mike on Visual hunt / CC BY-NC-ND
Também em 2008, a Force India estreava na categoria. A questão é que o patrocínio da Kingfisher era o famoso 2 por 1. O nome pode ser associado à uma companhia aérea ou à uma marca de cerveja |Foto: simonw92 on VisualHunt.com / CC BY-ND
No final de 2009, a BMW resolveu abandonar a F1 e deixou a Sauber sozinha outra vez. O problema é que em 2010 o nome da montadora alemã ainda fazia parte do registro do time. Oficialmente a equipe chamava BMW Sauber Ferrari, por conta dos motores da empresa italiana. Somente em 2011 o divórcio saiu oficialmente |Foto: f1photos.org on Visual Hunt / CC BY-ND
No final de 2009, a BMW resolveu abandonar a F1 e deixou a Sauber sozinha outra vez. O problema é que em 2010 o nome da montadora alemã ainda fazia parte do registro do time. Oficialmente a equipe chamava BMW Sauber Ferrari, por conta dos motores da empresa italiana. Somente em 2011 o divórcio saiu oficialmente |Foto: teclasorg on Visualhunt / CC BY
Sem patrocínios em 2011, a HRT também abusou da criatividade. No lugar das marcas, fez graça ao escrever frases divertidas nos espaços vazios |Foto: garrellmillhouse on VisualHunt / CC BY-NC-SA
Sem patrocínios em 2011, a HRT também abusou da criatividade. No lugar das marcas, fez graça ao escrever frases divertidas nos espaços vazios |Foto: ph-stop on VisualHunt / CC BY-SA
Em 2013, a equipe Lotus foi patrocinada pela dupla do Daft Punk durante o GP de Mônaco. Tudo para divulgar o lançamento do álbum Random Access Memories |Foto: taka_suzuki on Visualhunt / CC BY-SA
Em 2013, a equipe Lotus foi patrocinada pela dupla do Daft Punk durante o GP de Mônaco. Tudo para divulgar o lançamento do álbum Random Access Memories |Foto: Reprodução/YouTube
Em 2013, a equipe Lotus foi patrocinada pela dupla do Daft Punk durante o GP de Mônaco. Tudo para divulgar o lançamento do álbum Random Access Memories |Foto: Reprodução/YouTube
Desde 2017 a Force India é patrocinada pela BWT. O problema é que isso mudou radicalmente o visual de seus carros, já que precisaram incorporar o rosa como tom predominante |Foto: Divulgação
Em 2018, porém, a Force India conseguiu mais um patrocínio divertido. Com a introdução do halo, os carros da categoria ganharam um visual bem parecido com os chinelos da Havaianas. A marca brasileira gostou da ideia e estampou sua marca no item de proteção durante algumas corridas |Foto: Divulgação
Em 2018, porém, a Force India conseguiu mais um patrocínio divertido. Com a introdução do halo, os carros da categoria ganharam um visual bem parecido com os chinelos da Havaianas. A marca brasileira gostou da ideia e estampou sua marca no item de proteção durante algumas corridas |Foto: Divulgação
Assim como a Force India, a McLaren também exibiu uma marca de chinelos em 2018. Nesse caso, foi a Gandys |Foto: Divulgação
Assim como a Force India, a McLaren também exibiu uma marca de chinelos em 2018. Nesse caso, foi a Gandys |Foto: Divulgação
Escrito por
Leo Alves
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.