Obrigatórios, simuladores de trânsito serão compartilhados por autoescolas
Medida foi anunciada esta semana pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)
Uma decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em julho, determinou que as aulas em simuladores de direção não mais seriam opcionais, e sim obrigatórias durante o processo de aprendizado de condução nas autoescolas brasileiras a partir de dezembro.
Para atender à lei sem ter que pagar um alto valor pelo aparelho, que custam de R$ 35 mil a R$ 50 mil, os centros de ensino irão para compartilhar a tecnologia. A decisão foi anunciada ontem, dia 12 de novembro, por Ronaldo Camargo, vice-diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Com isso, as quatro mil autoescolas brasileiras irão dividir o uso de 1.600 simuladores disponíveis no País, e que ficam alocados em Centros de Formação de Condutores (CFC). “Nós vimos que era inviável para cada uma colocar o equipamento”, disse Camargo.
Polêmica
Os simuladores de direção foram motivo de polêmica em 2014 também por conta da obrigatoriedade. As autoescolas reclamavam que seu alto preço acabaria sendo repassado ao aluno, e este precisaria pagar mais para tirar a habilitação. Na época, o Contran acatou ao pedido e decidiu torná-lo de uso facultativo. Agora, no entanto, a obrigatoriedade voltará a valer.
Inicialmente, a determinação é apenas para os candidatos que irão tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B (veículos de passeio). No futuro, a lei deverá atingir os futuros condutores de caminhões, ônibus e motocicletas.
De acordo com o Detran, serão necessárias cinco horas/aula em simulador de direção veicular, das quais uma com conteúdo noturno. As as aulas no aparelho deverão ocorrer somente após o aluno ter feito o curso teórico e antes de iniciar o prática.
O equipamento tem as características de um veículo e fornece ao condutor um ambiente que reproduz a sensação de dirigir – o software instalado nele permite, por exemplo, a escolha da intensidade do tráfego, do tipo de pista e até das condições climáticas. A diferença é que, no aparelho, é possível ter controle das variáveis que podem ocorrer no trânsito sem colocar a vida de quem dirige em risco.
Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.