O barato sai caro: confira os riscos de usar peças falsas no seu carro

A utilização de peças falsificadas em carros tem alarmado as autoridades de trânsito. O proprietário leva o seu carro ao mecânico para algum reparo e acaba tendo os componentes originais defeituosos substituídos por peças falsas. Ou então ele, por conta própria, opta por peça “similar” ou “paralela” buscando economizar na conta da oficina, sem conhecer os riscos que está correndo.

Confira os riscos de usar peças falsas no seu carro

confira os riscos de usar peças falsas no seu carro
Uma vela de ignição falsa pode simplesmente não funcionar, prejudicando o desempenho do motor (Foto: Getty Images)

Seja na primeira hipótese, que constitui fraude – diversas vezes denunciada e constatada por peritos nos últimos meses –, seja na segunda, que configura a conhecida situação em que “o barato sai caro”, o uso de peças falsas no carro representa riscos a todos no trânsito.

Isso porque a segurança e o desempenho adequado de um veículo não dependem apenas do seu projeto, sua fabricação e da condução por parte do motorista. A qualidade das peças que integram o carro também importa. 

Peças falsas são aquelas produzidas com a marca de uma outra empresa, sem a ciência ou anuência dela, ou ainda, componentes produzidos com baixa qualidade e colocados no mercado sem o compromisso com o atendimento aos requisitos funcionais especificados pelos fabricantes originais.

Tais peças falsas podem ser fabricadas com materiais inferiores ou de baixa durabilidade, o que aumenta o risco de falhas durante o uso. 

Riscos de acidentes ou danos irreversíveis ao veículo

Peças de freio falsificadas e de baixa qualidade, por exemplo, podem comprometer a capacidade de frenagem adequada do veículo, podendo ocasionar graves acidentes. 

Componentes como velas de ignição, filtros de ar e óleo, correias e mangueiras falsificadas ou de baixa qualidade, na maioria das vezes, não funcionam corretamente, resultando em redução de potência, aumento do consumo de combustível e danos a outras partes do motor.

Com a crescente utilização de equipamentos tecnológicos nos veículos atuais, muitas funções importantes são controladas por sistemas eletrônicos.  Peças de origem duvidosa podem não ser compatíveis com esses sistemas, causando mau funcionamento dos componentes e até mesmo danos permanentes ao veículo.

O engenheiro Emerson Salles ressalta ainda que o uso de peças falsas ou de baixa qualidade nos veículos, além de coloca em risco a segurança no trânsito e o desempenho do veículo, ainda resultar na perda da garantia do fabricante.

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 “A utilização de peças de reposição genuínas e de qualidade, certificadas pelos órgãos regulamentares, é um passo importante para garantir a integridade e confiabilidade do veículo”, afirma Salles, que é gerente de Engenharia da DPaschoal, rede de serviços de manutenção automotiva.

Peças originais são mais caras, mas têm garantia

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Opção por peças originais é importante, assim como a escolha da oficina que irá executar a manutenção (Foto: Divulgação/DPaschoal)

Ao optar pela utilização de peças genuínas, você tem a garantia de que está adquirindo produtos que foram projetados e testados para funcionar corretamente no seu carro. Além disso, vai receber o suporte técnico e a garantia do fabricante. Peças falsas, por outro lado, por não oferecer essas garantias, pode deixar o proprietário do veículo sem proteção em caso de falhas ou problemas.

Além disso, ao realizar serviços de manutenção e reparo, é recomendado utilizar oficinas de confiança, que sigam as diretrizes do fabricante e usem peças genuínas.

“A recomendação é de que o proprietário procure levar seu carro em uma oficina de confiança, assim como, quando necessário, adquirir peças em locais confiáveis. Todo o cuidado é pouco, pois a probabilidade de ocorrência deste risco é alta, e esse risco tem aumentado significativamente nos últimos anos”, alerta Salles.

Paulo Silveira Lima
Paulo Silveira LimaJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
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