O governo do Estado de São Paulo apresentou neste sábado (7), em Campinas, o novo edital do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte.
A proposta mantém o cronograma de entrega do empreendimento e permite um projeto ainda mais atrativo com uma tarifa mais justa ao usuário do novo trem, que fará a viagem entre São Paulo e Campinas em apenas uma hora.
Veja detalhes sobre o trem que fará viagens entre São Paulo e Campinas em apenas uma hora
O projeto do governo paulista prevê investimentos de R$ 13,5 bilhões. O leilão de concessão há tem data marcada, devendo ser realizado no dia 29 de fevereiro de 2024.
“O Trem Intercidades vai oferecer conforto, velocidade, fomentar a economia local e descomprimir o intenso movimento do sistema Anhanguera-Bandeirantes. Esse é um importante primeiro passo para outros trechos que pretendemos fazer em diferentes regiões do Estado”, resume o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além da ligação, por linha férrea, entre as duas cidades, o projeto também prevê a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí e a concessão da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A ligação entre São Paulo e Campinas terá cerca de 100 quilômetros de trajeto, oferecendo um serviço expresso entre a Estação Barra Funda e Campinas, com parada em Jundiaí. A viagem terá duração de 64 minutos, com 15 trens executando a operação.
Tarifa competitiva
A tarifa média anual do serviço expresso será de até R$ 50 – montante estabelecido no edital do TIC. O valor máximo da tarifa estabelecida no edital é de R$ 64.
Como comparação, a tarifa de ônibus convencional entre as duas cidades hoje é de R$ 48,75, e o trajeto é feito em uma hora e meia – a partir do Terminal Rodoviário Tietê.
Uma das novidades do edital é que o Estado garantirá 90% da receita estimada para o funcionamento do serviço expresso. Caso a arrecadação com as tarifas supere em 10% o total previsto, o lucro será igualmente repartido entre o Estado e o operador privado.
Segundo o governo paulista, esses aprimoramentos irão garantir uma receita mínima para a operação do TIC, além de tornar o modal mais competitivo e com preço justo para o usuário.
Dentro do projeto há ainda o TIM, com cinco estações: Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. A linha irá operar com sete trens e o percurso será de 44 km, com previsão de deslocamento de 33 minutos.
A parceria público-privada (PPP) também prevê a concessão da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com operação entre as estações Barra Funda e Jundiaí.
São 57 km, com 17 estações e 61 minutos de viagem. Além disso, 30 trens que fazem esse trajeto serão transferidos ao futuro concessionário.
O valor máximo da tarifa do TIM será de R$ 14,05. Já o bilhete da Linha 7-Rubi seguirá a tarifa pública, atualmente de R$ 4,40.
O empreendimento irá beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios, gerando, segundo as estimativas do governo, mais de 10,5 mil empregos, entre diretos, indiretos e induzidos.
O novo edital também prevê maior aporte do Estado no TIC Eixo Norte, de R$ 8,5 bilhões – cerca de 75% do total do projeto.
Anteriormente, o valor era de R$ 6 bilhões. Parte dos recursos serão oriundos de empréstimo de R$ 6,4 bilhões firmado entre o Governo de SP e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Por outro lado, o valor de contraprestação a ser pago pelo governo estadual caiu de R$ 400 milhões para cerca de R$ 250 milhões ao longo dos 30 anos da concessão.
As regras do leilão
Poderão participar do leilão sociedades e demais pessoas jurídicas, entidades brasileiras ou estrangeiras, isoladamente ou reunidas em consórcio, cuja natureza e objeto sejam compatíveis com a participação na licitação.
O participante deve atender plenamente todos os termos e condições do edital.
O primeiro critério de julgamento será o maior desconto sobre a contraprestação pecuniária máxima. O vencedor será o que apresentar a maior redução de pagamento, pelo Estado, pela prestação dos serviços.
Caso seja ofertado desconto igual por mais de um licitante, o pregão será definido pelo segundo critério, que é o de maior redução do aporte do Estado no projeto.
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