Desde o ano de 1976, o Brasil não fabrica carros populares a diesel, devido a uma portaria ministerial. Mas, um Projeto de Lei (PL), do deputado federal Heitor Freire (União-CE) propõe a volta dos carros de passeio a diesel novamente. Saiba mais a seguir.
O que diz o Projeto sobre a retomada com carros populares a diesel no Brasil
No texto do PL 567/2022, a portaria criada pelo em 1976, pelo então Ministério da Indústria e Comércio, para o autor do Projeto, a extinção da produção de carros populares a diesel não faz mais sentido.
“É claro que em 1976 a realidade era outra. Em razão do primeiro choque do petróleo em 1973, assim como a importação de quase 80% do petróleo consumido em território nacional, a opção escolhida foi pela proibição de motores movidos a óleo diesel em veículos leves, optando-se pela gasolina e pelo etanol para esses automóveis”
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“Além disso, os motores a diesel existentes até então se mostravam pouco eficientes quando adotados em carros de passeio, elevando a emissão de gases tóxicos e poluentes nas cidades”, comentou o deputado em entrevista para a Agência Brasil.
Propostas semelhantes não surtiram resultados; entenda
Por outro lado, não é a primeira fez que propostas semelhantes não foram aprovadas. Por exemplo, de autoria do senador Benedito Lira (PP), em 2016, apresentou um projeto para venda de carros de passeio a diesel – que não foi aprovada.
Já em no ano passado, o deputado federal Kim Kaguiri (DEM-SP) apresentou uma emenda que visava o retorno destes carros populares – o que, novamente, não teve resultado. Nesta ocasião, a Anfavea chegou a se posicionar contra a proposta, com base no processo de descontinuação dos motores diesel na Europa. Veja:
“A Anfavea entende que esta discussão sobre a liberação de automóveis a diesel no Brasil está totalmente fora da realidade dos tempos atuais. Enquanto o mundo discute a descarbonização dos transportes, através da aplicação de biocombustíveis, hidrogênio ou eletrificação, qualquer proposta de aumentar a participação de combustíveis fósseis na matriz energética brasileira é um enorme retrocesso”, afirmou o diretor técnico da Anfavea, Henry Joseph Jr, por meio de nota oficial, em 2021.
O que dizem os especialista
Enquanto isso, especialista, como os da rede CNN, o PL tem “problemas”. Isso porque ainda que os carros de passeio a diesel sejam aprovados, temos, por exemplo, a questão do IPI mais alto (12,2%, contra os 14,6% cobrados sobre os carros flex). Para os especialista precisaríamos de muito tempo para o efeito IPI – já que os fabricantes não têm interesse na venda de veículos menores a diesel.
Por fim, os motores ainda teriam que ser importados – já que não há produção deles no Brasil. Dessa forma, resultando em um processo longo e custoso de homologação.
Com informações da Agência Brasil, CNN e Anfavea
