Novas paralisações atingem o mercado automotivo
A crise dos semicondutores e a falta de demanda por certos produtos do mercado automotivo obrigam montadoras a promover novas paralisações.
A crise dos semicondutores e a falta de demanda por certos produtos do mercado automotivo fizeram duas novas “vítimas”: a Hyundai e a Stellantis anunciaram paralisações em suas fábricas a partir desta semana. As duas montadoras se juntam à GM, que já havia anunciado uma interrupção de produção com início na próxima segunda-feira (27).
Saiba mais sobre as paralisações que afetam o mercado automotivo
A partir desta segunda-feira (20), os 2 mil funcionários dos três turnos da fábrica de Hyundai em Piracicaba-SP, onde a marca coreana produz os modelos HB20 e Creta, estão em férias coletivas. A paralisação vai até o dia 3 de abril.
Por meio de nota, a montadora informou que a interrupção das linhas de montagem está sendo levada a cabo para adequação dos volumes de produção para o mês de março “evitando a formação de estoques e acompanhando a dinâmica do mercado interno no primeiro trimestre”. Ou seja, a Hyundai admite que suas vendas, no momento, estão aquém do previsto.
A paralisação em Piracicaba não se aplica à linha de montagem de motores instalada na unidade, segundo ressaltou a Hyundai.
A partir de quarta-feira (22), entram em férias coletivas os funcionários do segundo turno de trabalho na fábrica da Stellantis em Goiana-PE, onde são produzidos os modelos Jeep Compass, Renegade e Commander, além da picape Fiat Toro. Neste caso, a paralisação vai até o dia 10 de abril.
Na mesma fábrica, os outros dois turnos restantes também vão parar entre a próxima segunda (2) e o dia 6 de abril – assim, interrompendo completamente a montagem de veículos na unidade.
No caso da Stellantis, o motivo para as férias coletivas está ligado à crise dos semicondutores. Em nota, a empresa diz que a parada na unidade pernambucana “se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à oferta de componentes”.
A falta de semicondutores (microchips) também afeta a produção da General Motors (GM) em sua fábrica em São José dos Campos-SP, que se encontra paralisada desde o dia 4 de março. A empresa concedeu férias coletivas para 80% de seu efetivo de 4 mil colaboradores. Na unidade, são produzidos os modelos Chevrolet S10 e Trailblazer.
No início do mês, a Volkswagen já havia interrompido, por dez dias, a produção em sua fábrica em Taubaté-SP, também por causa da falta de microchips.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.