Nova tecnologia da ZF para motores a combustão pode revolucionar os carros que precisam de combustível

Nova tecnologia da ZF: o que é, como funciona, benefícios e mais; confira os principais detalhes sobre essa novidade

A ZF, empresa alemã conhecida por desenvolver tecnologias automotivas, resolveu apostar em uma ideia antiga com um toque moderno: um motor a combustão que não move o carro diretamente, mas sim funciona como gerador de energia pra alimentar o motor elétrico.

Essa proposta é simples, mas pode ser revolucionária — principalmente pra quem ainda depende de combustível e não tem como carregar carro elétrico toda hora.

A produção dessa novidade começa em 2026, e a ideia é ajudar a popularizar os veículos eletrificados, sem depender tanto da infraestrutura de recarga que, convenhamos, ainda tá bem longe do ideal em muitos lugares. Logo abaixo, o Garagem360 traz mais detalhes sobre essa novidade. Acompanhe!

Como funciona esse sistema da ZF?

Foto: divulgação
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A ideia aqui é bem prática: o carro anda com motor elétrico, como qualquer elétrico convencional. Mas, quando a bateria começa a ficar fraca e você não tem um carregador por perto, entra em ação um pequeno motor a combustão. Só que diferente dos híbridos tradicionais, esse motor não empurra o carro — ele gera energia pra recarregar a bateria e manter o motor elétrico funcionando.

Esse tipo de sistema é chamado de extensor de autonomia. A propósito, ele já foi implementado em veículos como o Chevrolet Volt, BMW i3 e, mais recentemente, no Mazda MX-30 com propulsor rotativo.

Ou seja, é uma tecnologia que já existe, mas agora chega com mais eficiência, mais potência e menor custo. E quem sabe, finalmente, com potencial pra pegar de vez no mercado.

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Por que essa solução faz sentido?

Foto: divulgação
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Tem alguns bons motivos para a ZF estar apostando nisso agora. Primeiro, esse sistema com extensor de autonomia é mais barato de desenvolver do que um híbrido plug-in comum. Segundo, ele é muito mais simples em termos de engenharia e logística: menos peças, menos integração complicada e mais foco no que importa.

Outro ponto forte é que o motor a combustão trabalha sempre em uma rotação ideal — ou seja, gasta menos combustível e polui menos, já que não precisa ficar acelerando e desacelerando como num carro comum.

No fim das contas, essa tecnologia pode ser um meio-termo inteligente entre o carro 100% elétrico e os híbridos atuais. Principalmente em países onde a estrutura de recarga ainda não é confiável.

Conheça os modelos do sistema: eRE e eRE+

A ZF já apresentou dois tipos dessa nova solução:

  • eRE: versão mais simples, com conversor integrado e conjunto planetário. É ideal pra quem quer um sistema eficiente e direto ao ponto. A potência aqui varia entre 93 e 147 cv.

  • eRE+: uma versão mais completa, que vem com embreagem inteligente e diferencial. Nesse caso, o extensor pode até assumir como uma segunda unidade motriz, dependendo do projeto do carro. Aqui a potência pode chegar a 201 cv.

Ou seja, dá pra adaptar o sistema conforme a necessidade do cliente — se for um carro urbano, mais leve, o eRE já resolve. Mas se for um SUV ou picape que precisa de mais força, o eRE+ entra em cena.

E não é só a ZF que tá de olho nisso

A ideia de usar motor a combustão como gerador não é exclusividade da ZF. Outras marcas também estão seguindo esse caminho. Um bom exemplo é a Ram, que vai lançar a versão Ramcharger com o famoso motor V6 Pentastar servindo como extensor.

Outro nome na jogada é a Scout Motors, marca ligada à Volkswagen. Eles já anunciaram que suas futuras picapes e SUVs também vão usar essa ideia de ter um gerador a combustão como parte do conjunto motriz.

A tendência é clara: mesmo com toda a pressão por eletrificação total, a transição precisa ser viável e prática — e essas soluções híbridas inteligentes podem ser o atalho ideal enquanto a infraestrutura elétrica ainda engatinha em várias partes do mundo.

O que esperar daqui pra frente?

A nova tecnologia da ZF ainda vai levar um tempo pra chegar nas ruas (produção só em 2026), mas já mostra uma direção bem interessante. Ao invés de forçar todo mundo a migrar pro elétrico total, ela propõe um meio do caminho mais realista, sem abrir mão da eficiência e da economia.

Pra o consumidor final, isso significa mais opções com preços mais baixos, carros mais simples de manter, e ainda assim com a pegada ecológica que o futuro pede.

No fim das contas, o motor a combustão pode continuar fazendo parte dos carros — mas de um jeito novo, mais inteligente e bem mais eficiente.

E você, como avalia a nova tecnologia da ZF para motores a combustão? Comente e compartilhe a sua opinião com outros leitores do Garagem360

 

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Matheus Azevedo
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