Nova lei do salário mínimo em NY faz Uber tomar drástica decisão 

A prefeitura de Nova York tenta fazer valer a nova lei do salário mínimo para trabalhadores de aplicativos, mas encontra grande resistência das plataformas de entrega. Grubhub, DoorDash e Uber Eats contestam a medida na justiça. 

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Nova lei do salário mínio beneficia entregadores, mas empresas são contrárias. Foto: Freepik

Entenda a nova lei do salário mínimo de NY

De acordo com a CNN internacional, as três marcas processaram o governo de NY. A princípio, a alegação das empresas é que a lei pode prejudicar os entregadores, ao invés de ajudá-los.

DoorDash e Grubhub se juntaram em uma ação conjunta na Suprema Corte do Estado de Nova York, enquanto a Uber entrou com um processo sozinha. 

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Atualmente, segundo o comunicado para a imprensa feito pela prefeitura de Nova York, os entregadores de alimentos (bicicleta ou moto) recebem US$ 7,09 (R$ 34,54) por hora, em média. Com a lei, os entregadores passariam a receber US$ 17,96 (R$ 87,51), a partir de 12 de julho. Em abril de 2025, esse valor chegará a US$ 20 (97,45).

De acordo com o governo local, são mais de 60 mil entregadores trabalhando na cidade. Em um comunicado, Erick Adams, prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, afirma que “a regra garante aos trabalhadores e suas famílias uma maior estabilidade econômica. Além disso, vai ajudar a manter próspera a lendária indústria de restaurantes de nossa cidade”.

“Nossos entregadores entregaram consistentemente para nós — agora, estamos entregando para eles”, disse ele no comunicado. 

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O que dizem as operadoras

As operadoras, por sua vez, se uniram para se opor à nova legislação. De acordo com as empresas, a lei pode comprometer a atuação das plataformas, dos trabalhadores, restaurantes e dos consumidores. 

Josh Gold, diretor sênior de assuntos públicos do Uber, disse que a lei “deve ser pausada antes de prejudicar restaurantes, consumidores e entregadores que pretende proteger”.

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Entregadores do Uber Eats no meio do impasse. Foto: Pixabay

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Na ação, a Uber pede ao tribunal uma ordem de restrição temporária e uma liminar contra o regulamento. Segundo a empresa, a regra força os apps a reduzir seu raio de entrega. “Se entrar em vigor, causará danos imediatos e irreparáveis”, disse no processo. 

Para a empresa, haverá uma perda de boa vontade com entregadores e clientes, bem como a perda de custos irrecuperáveis. 

Já a DoorDash, em declaração à CNN internacional, chamou a lei de “política ruim”. No entanto, não se opõe a um salário mínimo para entregadores.

“Não vamos ficar parados e deixar que os impactos nocivos desse padrão de ganhos nos clientes, comerciantes e entregadores da cidade de Nova York que ela deveria apoiar passem despercebidos”, afirma a DoorDash.

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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