Nova lei aquece mercado de recarga de veículos elétricos e híbridos

A nova lei municipal, que tem validação na cidade de São Paulo (SP),  prevê a obrigatoriedade da instalação de carregadores de veículos elétricos e híbridos em edifícios residenciais e comerciais vem aquecendo o mercado de recargas.

veículos elétricos e híbridos
Foto: iStock

Pontos obrigatórios de recarga para veículos elétricos e híbridos

A nova lei municipal (SP), que prevê a obrigatoriedade da instalação de carregadores de veículos elétricos e híbridos em edifícios residenciais e comerciais da capital paulista, desde 31 de março, já está impactando os negócios das empresas do segmento, de acordo com informações da Zletric – empresa que produz carregadores.

“As consultas e negócios com as construtoras quintuplicaram de abril para cá”, informa o CEO da Zletric, Pedro Schaan.  “Nossa meta é chegar a 300 pontos até o final de 2021”, prevê o CEO.

Apesar de garantir um crescimento dessa estrutura de recarga na cidade, a nova legislação paulistana ainda causa dúvidas no mercado. “Essa lei não específica quantos carregadores devem ser instalados em cada prédio. E se, por exemplo, for um para cada vaga de automóvel elétrico, como será feito com os condomínios que fazem um rodízio entre as vagas?”, questiona Schaan.

Mas, de acordo com o CEO, a Zletric já montou sua estratégia para atender essa demanda. Conforme o executivo, a forma mais segura e economicamente viável para as construtoras lidarem com a lei é entregarem os novos edifícios ou condomínios de São Paulo com todas as suas vagas previamente preparadas. Assim recebendo um aparelho de recarga no futuro.

Carros elétricos
Volvo XC40 Recharge 100% elétrico (Foto: Volvo)

Recarga com equipamentos alugados: quanto custa?  

Mas, quanto custa carregar um carro elétrico? Segundo Pedro Schaan, para um motorista que rodar em torno de 30 km por dia com seu automóvel, esse custo oscilará entre R$ 200,00 a R$ 300,00 mensais. Por outro lado, de acordo com o CEO da Zletric, há outros tipos de soluções disponíveis no mercado.

Por exemplo, a Electric Mobility Brasil, que opera neste mercado desde 2016, já comercializou 1.600 pontos de recarga no país e aposta na venda dos seus carregadores portugueses da marca Efacec Electric Mobility. De acordo com Eduardo Sousa, CEO da empresa, as consultas das construtoras cresceram muito desde o início do ano.

Porsche Taycan
Sedã elétrico da Porsche foi líder no primeiro semestre de 2021 . (Foto: Divulgação / Porsche)

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“A lei deixa algumas dúvidas. No entanto, eu entendo que pelo menos um ponto de recarga seja obrigatório o prédio oferecer”, diz Sousa. Para o CEO da Electric Mobility Brasil, essa infraestrutura poderá crescer aos poucos, de acordo com a demanda que seja criada no futuro.

“Existem empreendimentos premium que decidiram que todas as suas vagas de veículos serão equipadas com um carregador. É uma estratégia de marketing dessas construtoras. Por exemplo, já fizemos vendas de 20 a 25 pontos de recarga em um mesmo edifício”, explica Sousa.

 

Erica Franco
Erica FrancoJornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.
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