Nova fusão entre montadoras pode formar o 3º maior grupo automotivo do mundo; veja as marcas envolvidas
Nova fusão entre montadoras pode formar o 3º maior grupo automotivo do mundo; veja as marcas envolvidas e como será a parceria.
Um movimento promete redefinir o cenário global da indústria automotiva: a Honda e Nissan anunciaram uma nova fusão entre as montadoras com a possível adesão da Mitsubishi Motors. Se concretizada, a união dará origem ao 3º maior grupo automotivo do mundo.
Honda, Nissan e Mitsubishi podem se fundir em 2026
A proposta visa fortalecer a competitividade em um cenário cada vez mais desafiador, enraizado pelo grande crescimento das marcas chinesas e pela transição para a eletrificação em muitos mercados.
Honda e Nissan confirmaram que a fusão pode ser finalizada até 2026. A Honda deve tomar a frente, nomeando a maior parte dos diretores e o presidente da nova companhia.
A nova empresa terá um valor de mercado de cerca de 50 bilhões de dólares, o que lhe dará o posto de terceiro maior grupo automotivo, atrás apenas da Toyota em segundo e do grupo Volkswagen em primeiro.
Em uma nota conjunta, as montadoras definiram sete sinergias esperadas da integração, pautadas em redução de custos, otimização da produção e eficiência operacional, assim como um cronograma com os passos da fusão:
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Janeiro de 2025 – resposta da Mitsubishi sobre aderir à fusão de Honda e Nissan;
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Junho de 2025 – definição do plano de transferência de ações e execução do acordo de integração empresarial;
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Abril de 2026 – assembleias nas empresas para aprovação da transferência de ações;
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Julho/Agosto de 2026 – saída das empresas da Bolsa de Valores de Tóquio
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Agosto de 2026 – Transferência das ações e criação da holding
Veja os sete pontos-chave que a fusão deve trazer:
1. Mesma base, mais volume
O plano prevê a padronização das plataformas de veículos visando a criação de produtos mais fortes, menos custosos e com maior eficiência no desenvolvimento.
As empresas também buscam atuar em segmentos em que não atuam. Por exemplo, a Honda poderia ter uma picape média com a plataforma Frontier.
2. Melhoria da capacidade de desenvolvimento
Juntas as marcas vão focar no aprofundamento em seus processos de pesquisa e desenvolvimento conjuntos, a fim de reduzir custos e tempo de criação. A ideia é expandir ações que as duas já têm em conjunto, como o desenvolvimento de softwares.
3. Otimização das fábricas
A fusão também trará a otimização de suas fábricas e instalações de serviços de energia, incluindo o compartilhamento de linhas de produção para ampliar a capacidade.
4. Melhores condições de compras
Ao adquirir peças de um mesmo fornecedor para ambas as marcas será possível reduzir os custos com as aquisições conjuntas.
5. Mais eficiência operacional
Integração de sistemas e operações administrativas, assim como a atualização e padronização de processos vai gerar redução nos custos.
6. Vantagens de escala em finanças de vendas
Outro ponto é a integração de áreas relevantes das funções de financiamento de vendas e expansão da escala de operações, a fim de oferecer soluções de mobilidade em larga escala.
7. Base de inteligência e eletrificação
Por fim, as montadoras querem utilizar e compartilhar seus recursos humanos e materiais, com trocas de funcionárias e colaboração técnica entre as empresas.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.