Nova Ferrari 296 GTB é lançada como um dos híbridos mais rápidos do mundo

Nova Ferrari 296 GTB foi lançada nesta quinta-feira (24). E trata-se de um modelo histórico, pois chega com um dos híbridos mais rápidos.

A nova Ferrari 296 GTB foi revelada pela marca italiana nesta quinta-feira (24). E ela traz uma importante inovação para os modelos da empresa de Maranello, já que se trata de um supercarro híbrido plug-in.

E por mais que marque uma nova era na linhagem de esportivos italianos, o carro conserva algumas tradições. Um exemplo está em seu nome: o 296 faz referência ao motor de 2,992 cm³ (29) e aos seis cilindros do V6 (6). Já a sigla GTB significa Gran Turismo Berlinetta.

Os detalhes da Ferrari 296 GTB |Foto: Divulgação/Ferrari

Nova Ferrari 296 GTB

Porém, não pense que se trata de um modelo pacato e feito apenas para economizar combustível. Em vez disso, a nova Ferrari é o segundo carro mais potente da gama atual da marca.

Ela combina um motor 3.0 V6 biturbo de 663 cv e um propulsor elétrico de 167 cv. De acordo com a montadora, a potência combinada é de 830 cv, com torque de 85,6 kgfm. O conjunto é ligado a um câmbio automatizado de dupla embreagem e oito marchas.

Com esse conjunto, a 296 GTB faz de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e de 0 a 200 km/h em 7,3 segundos. Já a velocidade máxima é de 330 km/h.

Funcionamento elétrico

Por ser um modelo híbrido plug-in, a 296 GTB é capaz de rodar apenas com o propulsor elétrico. Porém, a autonomia é curta, de pouco mais de 25 quilômetros. Isso acontece porque a bateria tem apenas 7,45 KWh de capacidade.

Os detalhes da Ferrari 296 GTB |Foto: Divulgação/Ferrari

Dino do século 21?

Uma Ferrari V6 faz com que os fãs da marca se lembrem da icônica linha Dino. A história dela até foi contada aqui no Garagem360, e você pode ler o texto na íntegra aqui.

Entretanto, aqui vai uma palinha. Nos anos 1960 só existia Ferrari com motor V12. Portanto, qualquer modelo com um propulsor com menos de 12 cilindros era considerado um sacrilégio pelo fundador da marca Enzo Ferrari.

Acontece que seu filho Alfredino, que era chamado de Dino, arquitetou nos anos 1950 um motor V6 para ser utilizado nos carros da Ferrari da F2.

Infelizmente, Dino acabou morrendo em 1956, um ano antes do motor ser utilizado nas pistas, em decorrência de uma rara doença muscular degenerativa.

Os detalhes da Ferrari 296 GTB |Foto: Divulgação/Ferrari

Após perder o filho, Enzo encomendou um projeto especial para o estúdio Pininfarina. Assim nasceu um carro menor que os demais da Ferrari e feito para concorrer com o Porsche 911.

A Dino 206 Bernietta Speciale estreou no Salão de Paris de 1965, mas a versão definitiva só estreou em 1967, já como Dino 206 GT. O numeral tinha a ver com o motor. Ele era um propulsor de 2,0l (20) de seis cilindros em V(6). Os 180 cv de potência e o torque de 19 kgfm eram suficientes para levar o modelo até os 235 km/h, número bem expressivo para a época.

Porém, embora fosse uma homenagem ao seu filho, a Dino foi renegada pelo próprio Enzo. O Sr. Ferrari insistia que um modelo legítimo de sua marca era equipada com um V12, e a Dino se tornou uma espécie de submarca e sem nenhum logotipo da Ferrari – nem mesmo o cavalo rampante.

O motor depois cresceu e virou um 2.4, o que fez o nome do carro mudar para 246 GT. E por mais que tenha sido renegada na época, a Dino se tornou um dos principais clássicos de Maranello.

Tanto que sempre que uma nova Ferrari V6 era especulada, os fãs imaginavam uma nova Dino. Bem, ainda não foi dessa vez que o clássico nome retornou. Mas a 296 GTB ao menos trouxe de volta o motor de seis cilindros em V.

Os detalhes da Ferrari 296 GTB |Foto: Divulgação/Ferrari

Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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