Nova Chevrolet Montana é boa, mas esta característica pode ser prejudicial

A Chevrolet Montana foi reintroduzida no mercado brasileiro na primeira quinzena de fevereiro. Produzida sobre a mesma plataforma que o SUV Tracker em São Caetano do Sul-SP, a picape reúne qualidades que a tornam um bom carro para o uso urbano – confortável e agradável de dirigir. 

No entanto, a Chevrolet Montana possui uma característica que pode ser um problema para quem pretende usar o veículo para o trabalho ou mesmo o transporte eventual de cargas em momentos de lazer, atrapalhando o sucesso comercial da picape. Confira!

Veja qual característica pode atrapalhar a Chevrolet Montana

Nova Chevrolet Montana é boa, mas esta característica pode ser prejudicial
Chevrolet Montana (Foto: DIvulgação/GM)

A atual Montana nada tem a ver com a Chevrolet Montana que foi produzida pela General Motors entre 2003 e 2021, baseada primeiramente no Corsa e depois no Agile. Como já dito, a picape é montada sobre a mesma plataforma que o Tracker e, por ter cabine dupla, deve ser vista mais como um SUV com caçamba.

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O modelo está disponível em quatro versões, todas equipadas com o motor 1.2 turbo flex de 133 cv de potência e 21,4 kgf.m de torque, que associado à transmissão de seis velocidades (seja manual ou automática) garante bons números relativos a desempenho e consumo.

Na opção de entrada, o carro vem de série com seis airbags, controles de estabilidade e tração, luz de condução diurna e posição em LED, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, tampa traseira com abertura por botão elétrico e alívio de peso.

A  configuração básica também inclui protetor de caçamba, ganchos para amarração de carga no interior da caçamba, acendimento automático dos faróis, assistente de partida em aclive, controlador de velocidade e computador de bordo.

A Chevrolet Montana 2023 está posicionada, com relação às demais picapes do mercado, entre o fenômeno de vendas Fiat Strada e a Chevrolet S10, e chega para disputar espaço num segmento ocupado por Fiat Toro e Renault Oroch. Mas terá uma dificuldade.

Entre todos os modelos mencionados, a Montana é o único que não possui capacidade de reboque.

Qual a importância da capacidade de reboque

Nova Chevrolet Montana é boa, mas esta característica pode ser prejudicial
Capacidade de reboque é característica importante numa picape (Foto: Divulgação/Ford)

Importante lembrar que uma parte significativa do público que procura uma picape pretende utilizar o veículo para o trabalho, principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.

As picapes são muito utilizadas por profissionais que precisam de um veículo robusto para rodar por estradas mal pavimentadas ou de terra, e que ainda sirva como o carro de passeio da família nos momentos de folga.

Nas condições de trabalho, a picape deve ser capaz de lidar com a carga útil sem comprometer a segurança e a eficiência – carga útil é o peso máximo que o veículo pode transportar, somando-se carga, passageiros, combustível etc.

Porém, em alguns casos a caçamba não é suficiente para acomodar o material de trabalho, o que obriga o usuário a engatar uma carretinha em sua traseira. A capacidade de reboque diz respeito ao peso máximo que o veículo pode rebocar.

Isso também se aplica em situações de lazer, quando o proprietário da picape quer transportar um jet-ski ou um quadriciclo, por exemplo.

No caso da Chevrolet Montana, a capacidade de reboque é zero, enquanto nos modelos citado acima é de:

  • Fiat Strada – 400 kg
  • Fiat Toro – 400 kg
  • Renault Oroch – 750 kg
  • Chevrolet S10 – 3.500 kg

Engate de reboque

O uso do conhecido engate de reboque – aquela bolinha prateada que fica abaixo do parachoque traseiro e que já foi febre no Brasil – é proibido pela legislação de trânsito em veículos que não tenham capacidade de reboque. É o caso da Chevrolet Montana. 

Caso receba o engate, a picape fica sujeito a uma multa no valor de R$ 195,23 por infração grave, mais retenção para regularização e o acréscimo de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ressalte-se que o engate num veículo como a Chevrolet Montana seria meramente decorativo, pois essa picape não tem capacidade para puxar carga alguma.

Paulo Silveira Lima
Paulo Silveira LimaJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
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