A Nissan trabalha no desenvolvimento de uma bateria em estado sólido que deve equipar os veículos elétricos da marca a partir de 2028. De acordo com a empresa, as vantagens da nova fonte de energia são o custo, que pode ser reduzido em até 50%, e a velocidade de recarga, que pode ser até três vezes maior.
Nova bateria de carros elétricos da Nissan terá custo reduzido
É certo que o segmento de carros elétricos está em constante evolução. Se por aqui o setor ainda caminha devagar, em outros locais do mundo os eletrificados já se tornaram comuns.
Porém, eles ainda precisam enfrentar alguns obstáculos que são responsáveis por dificultar a popularização dos modelos zero emissão de carbono.
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Um desses desafios é a redução do preço de compra, uma vez que um carro elétrico pode custar mais que o dobro de sua versão a combustão. Como exemplo, um Renault Kwid 2023 em sua versão mais cara e com motor a combustão tem preço de R$ 74.640. Já a versão elétrica do hatch subcompacto é vendida por R$ 146.990, ou seja, 97% a mais.
Já o Peugeot 208 em sua versão mais completa, com motor 1.6 flex, tem preço de R$ 109.990, enquanto a versão elétrica do veículo é vendida por R$ 219.990, um sobrepreço de mais de 100%.
Outra questão que também entra no lado de “contras” na lista dos carros elétricos é o tempo de carregamento das baterias. Nesse caso ele varia de acordo com a capacidade, bem como a estação de recarga a ser usada. No entanto, em uma tomada doméstica pode passar das 24 horas.
Porém, a Nissan, marca que pretende ser uma das líderes no segmento, pretende resolver as duas questões de uma só vez. Em entrevista ao portal Autocar, o vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento da Nissan Europa, David Moss, disse que a montadora está desenvolvendo uma nova bateria capaz de reduzir o custo em 50% e ter tempo total de recarga até três vezes menor.
Os dados são no comparativo com as baterias de íons de lítio usadas atualmente. A diferença é que a nova bateria da Nissan vai dispensar o uso de elementos em estado líquido e será composta exclusivamente por células em estado sólido.
“Algumas baterias de estado sólido ainda têm eletrólitos líquidos, e isso é um problema, pois o líquido ferve. A eficiência dessa energia em armazenamento e transferência e a energia que você coloca nela serão impactadas”, informou o executivo da fabricante.
Ele ainda disse que a Nissan pode produzir a nova bateria em dois tamanhos distintos e que o primeiro modelo a usar o novo sistema de alimentação dos motores elétricos deve ser apresentado em 2028.
Com a redução no custo da bateria, esse valor deve ser repassado ao preço final do automóvel, algo que pode ajudar a popularizar o segmento no futuro.